Finalmente, conselho autárquico da cidade de Nampula “assume mortos”

Nampula (IKWELI) – Inicialmente o conselho autárquico da cidade de Nampula, através do Vereador do Pelouro de Salubridade, Higiene e Gestão Funerária, Assane Ussene, negou que não cabia a si fazer a gestão da morgue anexa ao edifício do Hospital Central de Nampula (HCN), tendo afirmado apenas que tinha responsabilidade de emitir certidões de óbitos, transladação e cremação dos corpos.
“Algumas componentes não foram transferidas para os municípios, a gestão das morgues não é nossa. A questão das câmaras, isso não é connosco, mas tendo em conta que temos os nossos funcionários que trabalham nessa área de registo, nós estamos a colaborar e estamos a utilizar creolina para evitar que isso (cheiro) aconteça, o próprio hospital, penso eu é que tem dificuldades de levar a cabo algumas atividades”, afirmou recentemente o vereador de salubridade e gestão funerária, aos órgãos de comunição social.
Sucede que, uma semana após a divulgação da matéria nos órgãos de comunicação social, o presidente da autarquia de Nampula, Luís Giquira, assumiu em plena I Sessão da Assembleia Municipal, havida nesta quarta-feira (23), o compromisso de melhorar as condições da morgue do HCN, através do melhoramento de câmaras frigorificas.
“Recebemos com alguma preocupação de alguns órgãos de comunicação social e dos munícipes em relação as condições da nossa casa morgue, estão a ser clamadas para obras de reabilitação, entramos em contacto com o HCN, estamos a finalizar os acordos de Termos de Referência (TDRs), para lançamento de um concurso para reabilitação da morgue para poder ter melhor os nossos ente-queridos. Acreditamos que nos próximos dias, vamos procurar câmaras frigorificas, vamos melhorar as condições do nosso hospital”.
A reação do presidente surge em resposta as reclamações dos munícipes, que vezes sem conta, vêm se queixando da falta de humanismo no que concerne a conservação de corpos a nível da morgue anexa ao HCN.
Pois, segundo as fontes, os corpos são mantidos sem refrigeração adequada, o que muitas vezes tem provocado cheiro nauseabundo nos corredores, forçando assim sepultamentos apressados.
No local, o Ikweli verificou que a morgue em alusão, conta apenas com cerca de 33 câmaras frigorificas para albergar corpos internos e externos que de hora em hora dão entrada. (Ângela da Fonseca)

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