Nampula (IKWELI) – Residentes da comunidade de Maparra, no bairro de Muatala, nos arredores da cidade de Nampula, passarão a ter assistência médica uma vez por semana, por via de uma clínica móvel instalada no local para reduzir a distância percorrida pelos moradores para chegar a uma unidade sanitária.
A mesma surge após um pedido feito ao governador da província, Eduardo Mariamo Abdula, no passado dia 24 do mês em curso, no âmbito das celebrações do dia mundial da luta contra a tuberculose.
Na ocasião, os residentes, na voz de Abiba Gulamo, começaram por pedir socorro, justificando que os moradores, sobretudo as mulheres grávidas, idosos e crianças eram obrigados a percorrer longas distâncias para chegar a unidade sanitária mais próxima, uma realidade que por vezes, faz com que algumas tenham partos durante a viagem.
“As mulheres grávidas fazem uma distância muito longa. Devemos sair de Maparra para o centro de saúde 25 de Setembro e nisso, há outras que até fazem filhos no caminho e fica complicado. Estamos a pedir socorro.”
Na altura, Gulamo lembrou que muitas vezes no Hospital Central de Nampula (HCN) são obrigados a pagar uma quantia de 500,00Mt (quinhentos meticais) para ter bebé.
“No hospital central, que é quase próximo, nem todos temos 500 meticais para ir à maternidade, socorro, socorro excelentíssimo senhor governador.”
E, porque se celebrava o dia Mundial da Luta contra a Tuberculose, a fonte fez saber que na sua comunidade existem doentes em tratamento da doença e por conta disso, são obrigados a se dirigirem ao Hospital Geral de Marrere para ter acesso aos medicamentos.
“Tenho doentes da tuberculose na minha comunidade, estou a pedir, em coordenação com a nossa directora provincial da Saúde, pôr lá um posto móvel, já que é tudo mahala, e iria ajudar muito a população de Maparra, porque a distância para Marrere para ir buscar medicamento de tuberculose é longa, estamos a pedir a sua intervenção tio Salim, por favor.”
Após ouvir a preocupação, eis que, o governador instou a Direcção Provincial de Saúde a instalar, urgentemente, uma clínica móvel para assistir a comunidade uma vez por semana.
Sucede que em menos de 24 horas, numa visita relâmpago efetuada ao local, o governante encontrou já instalada a clínica móvel, tendo no local verificado que os residentes estavam a ser atendidos sem nenhuma queixa. (Ângela da Fonseca)