Nampula (IKWELI) – O Ministro dos Transportes e Logística, João Matlombe, disse na manhã desta sexta-feira (14), que a via que liga o troço Nampula a Namialo, na estrada nacional número um (N1), rompida próximo ao posto de controlo de Anchilo em consequência da tempestade tropical severa JUDE, poderá estar transitável até finais do corrente mês de Março.
A informação foi avançada aquando da visita efectuada ao local pelo Ministro, cujo objetivo principal era aferir o nível de execução das obras .
“Neste momento, o empreiteiro está a trabalhar para ver se conseguimos repor a via. Vamos criar condições para a via alternativa estar pronta agora, mas como podem imaginar o trabalho é bastante complexo não se consegue fazer mais ou menos em poucos dias. O esforço que o empreiteiro está a fazer é garantir que até ao final deste mês a via seja mais ou menos reposta.”
Entretanto, o ministro pediu maior vigilância e colaboração por parte da comunidade e dos automobilistas por forma a que a via alternativa que está a ser aberta não seja obstruída e pede, ainda, para que não haja cobranças para ter a passagem livre na via.
“Apoiem e colaberem, porque se os carros passarem aqui a noite e não prestarem atenção vão entalar e vamos ter problemas e nem a via alternativa não vai funcionar, estamos a pedir para poderem colaborar e não permitirem que haja pessoas a cobrarem para os carros passarem, essa é uma via pública, ninguém deve cobrar, estamos a pedir que haja vigilância, no meio de uma crise não pode haver oportunismo.”
Enquanto isso, José Filipe, um dos camionistas, pediu para que haja mais celeridade e maior comunicação sobre o andamento da reparação da via.
Em entrevista ao Ikweli, o camionista explicou que está no local desde o dia em que houve a separação da via naquele troço.
“Estou aqui desde o primeiro dia em que a estrada ficou interrompida, esta situação não é nada agradável, a falta de comunicação, equipamento avaria e não nos dizem nada, a cruz vermelha esteve aqui e não nos dão nem pelo menos água e isso é muito lamentável. Mesmo um camião vazio não está em condições de passar ali, ou seja, que haja rapidez para tirar as pessoas desta situação.”
Em resposta, o ministro garantiu que há um esforço que está a ser feito para permitir que os camiões possam passar pela via alternativa, mas ainda sim, pediu que haja paciência e compreensão de todos, e no que diz respeito a assistência afirmou que “estamos em comunicação com o INGD [Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres] para ver se consegue dar assistência.”
“Essa é uma questão de emergência, obviamente que a avaria dos equipamentos não é uma questão propositada, está fora do controlo do empreiteiro e o mais importante é que quando há avaria o empreiteiro faz reposição imediata por causa da urgência e está a se fazer um esforço, mesmo trabalhar de noite para permitir que, pelo menos, ganhe-se tempo. Estamos a tentar fazer esforço para permitir que antes do final da tarde tenhamos a via disponível, é uma emergência, algumas questões podemos cometer falhas, mas o mais importante é vocês compreenderem que estamos todos em busca de uma solução, ninguém previa, estamos aqui todos para dar apoio, uns estão preocupados com a obra e há entidades que estão preocupadas para dar assistência as pessoas que estão aqui.” (Ângela da Fonseca)