Nampula (IKWELI) – O governador da província de Nampula, Eduardo Mariamo Abdula, garantiu na manhã desta quarta-feira (12), para breve, a retoma da transitabilidade na Estrada Nacional Número um (N1), a principal via de ligação de Moçambique, no troço Nampula à Namialo, que ficou rompida após a passagem da tempestade tropical severa JUDE.
A promessa foi feita após Abdula ter feito uma visita ao distrito de Nampula, para aferir de perto o ponto de situação da via.
De acordo com o governador, o cenário é “caótico”, por isso, o trabalho de reposição deve ser rápido, pois corre o risco de criar ruptura de produtos de primeira necessidade na cidade de Nampula, para o efeito, está a se criar condições para abertura de um desvio alternativo.
“Eu não quero dar dias, mas o que eu pedi aos empreiteiros e o que pedi a ANE [Administração Nacional de Estradas] é que tentem fazer isso no mais curto espaço de tempo, que se trabalhe dia e noite para ver se abrimos a transitabilidade. Viram o fluxo de carros que estão ali parados a espera com famílias, pessoas e bens que estão parados e corremos o risco se isso continuar que haja problemas de abastecimento na cidade de Nampula. Mas eu acredito que nas próximas horas, nos próximos dias, pelo menos, teremos o desvio que está a ser aberto.”
Para além da via destruída entre Nampula e Namialo nas imediações do posto de controlo policial de Anchilo, JUDE causou igualmente outras destruições na N1, como é o caso de uma ponte sobre o rio Monapo, no limite entre os distritos de Meconta e Monapo, dificuldade assim o acesso à província vizinha de Cabo Delgado.
“Neste momento já está em reparação, Monapo e Nacala está transitável, mas tivemos que reduzir a transitabilidade porque está a ser reforçada sob a direção da ANE com apoio de parceiros (…), mas temos uma situação grave estamos a falar de Muecate que neste momento está sitiada e assim que resolvermos esse desvio, vou ter que ir a Muecate para resolver o problema.”
O país que se encontra desde Outubro na época chuvosa, já registou três eventos climáticos extremos nos últimos meses, como a passagem do ciclone Chido, em Dezembro, que causou a morte de pelo menos 75 pessoas, Dikeledi em Janeiro com cinco perdas humanas e este último JUDE que igualmente até ao momento registou vários óbitos e deixou mais de 400 mil clientes sem electricidade. (Ângela da Fonseca)