Nampula (IKWELI) – Assinalou-se nesta terça-feira (4) a passagem do 58º aniversário do Destacamento Feminino (DF), na cidade de Nampula, o discurso foi em torno da passagem do legado a novas gerações de mulheres que, também, contribuem no desenvolvimento do país.
Ernestina Soda, porta-voz da Associação dos Combatentes da Luta de Libertação Nacional (ACLLN) em Nampula, destacou na ocasião que a data tem forte significado para a mulher, pois “a mulher deixou de cuidar apenas dos filhos em casa, de ser apenas doméstica, de ser camponesa e vimos que foram 25 raparigas que lutaram em prol da democracia da mulher no passado, isso em 1967. Mas é necessário que aconselhemos as novas gerações, principalmente as raparigas, devemos prestar atenção nas nossas filhas”.
Esta fonte considera haver “forte evolução na inclusão da mulher nos processos de tomada de decisão, mas estas devem representar as que não estão lá”.
Já a secretária provincial da Organização da Mulher Moçambicana (OMM), em Nampula, Leoneta António Ribeiro, entende que as novas gerações não estão a valorizar o esforço dos antigos combatentes, uma vez que se envolvem em situações que contribuem para a destruição de infraestruturas.
“Hoje, lamentamos bastante porque estamos emancipados, mas não estamos a valorizar esse sacrifício que os nossos combatentes fizeram durante a luta de libertação nacional. Os nossos jovens estão a vandalizar maternidades, lojas, postos policiais, postos administrativos, aquilo que era para o nosso próprio bem, então o dia de hoje é mais para reflexão, com vista a vermos o que está bom e o que está mau.”
Ribeiro acrescentou ainda que a organização que dirige tem estado a fazer palestras, para a sensibilizar a mulher a não participar em acções nefastas para a sociedade. (Redação)