Nampula (IKWELI) – Em menos de 12horas do arranque da campanha eleitoral para as autárquicas de 11 de outubro próximo, a cidade de Nampula já regista actos de violência.
Ao meio da manha desta terça-feira (26), o Primeiro Secretário do Comité Provincial da Frelimo em Nampula, Luciano de Castro, falou em colectiva de imprensa, denunciando que membros do partido Renamo terão, com recurso a instrumentos contundentes, violentado membros e simpatizantes do seu partido, quando estes colavam panfletos junto da rotunda do aeroporto internacional de Nampula. Desta acção, pelo menos, dois jovens, com ferimentos graves, pararam no leito hospitalar.
“Queremos que cada um de nós seja obrigado de forma cívica a evitar confrontos, tumultos, que possam provocar desordens e intranquilidade durante a campanha eleitoral”, referiu Luciano de Castro, avançando que “aproveitamos essa ocasião para repudiar, veementemente, a acção macabra praticada por supostos membros de outros partidos que na madrugada de hoje, a 1:30 minutos, na rotunda do aeroporto, utilizando objectos contundentes, esfaquearam alguns que estavam a colocar os cartazes nas vias públicas. Em Natikiri, nesta madrugada, foi sequestrado um moço, está em parte incerta, não sabemos onde está”.
Esta fonte denunciou que “alguns desses cidadãos trazem consigo objectos contundentes, varapões, com cancões insultuosas”, comentando que “eu penso que não é assim como nós queremos construir a nossa democracia multipartidária na tolerância e no respeito, a diferença e na buca dessas diferenças para promover um diálogo com base naquilo que é a nossa proposta de governação que consta nos nossos manifestos”.
Este político recorda que “a convivência sã vai nos levar a eleições livres e justas, sem sangue”, por isso “aos nossos eleitores religiosos, as confissões religiosas, vamos orar, vamos rezar, cada um faz a sua parte para que, de facto, não seja aquilo que está a acontecer nesse arranque da nossa campanha eleitoral, que está a aparecer sangue”.
“Queremos pedir, mais uma vez, a todos para que repudiemos este tipo de atitude, queremos que a nossa campanha corra bem, em paz, em irmandade, o que não significa não termos diferença de pensamento entre eu e o meu adversário, respeitar essa diferença é aceitar que nós na diferença poderemos crescer, porque com base nas várias opiniões diferentes, poderemos contruir e consolidar a nossa jovem democracia multipartidária”, concluiu Luciano de Castro, primeiro secretário da Frelimo na província de Nampula. (Aunício da Silva)