Nampula (IKWELI) – A higiene e saneamento do meio no recinto dos Serviços Provinciais de Assuntos Sociais de Nampula, localizado no bairro de Marrere, deixa a desejar, pois para além do capim alto que tomou conta do local, há relatos de que cobras, também, passeiam, por ali, a sua classe.
Esta situação coloca em insegurança os funcionários afectos, aliás há um compartimento, praticamente, engolido pelo capim.
Nguma Geraldo, director daquela instituição, reconhece a situação, mas justifica que tal deve-se ao facto de o seu estabelecimento estar localizado entre dois rios, com destaque para o Muepelume.
“Se é que o Ikweli esteve lá e prestou atenção na posição que o edifício encontra-se, há-de perceber que os Serviços Provinciais de Assuntos Sociais estão no meio de dois riachos, aquilo é, se memória não me falha rio Muepelume e outro rio está muito próximo ao pequeno Maputo, muito antes da UniLúrio [campus principal da Universidade Lúrio], então nossos serviços estão localizados naquele ponto. O nosso edifício está num declive, portanto na parte traseira há uma inclinação muito acentuada de terra e nesta época chuvosa por questões de assoreamento da terra não somos recomendados a remover o capim que está lá, porque se a gente o fizer, a terra toda vai escorregar e vai partir o muro de proteção que está lá,” explicou.
O director Nguma não abordou sobre o capim que, também, tomou quase toda a parte frontal do edifício, local que ele frequenta todos os dias que vai ao serviço, mas garante que nenhum funcionário terá sofrido mordeduras por cobras.
“Uma vez uma cobra entrou no nosso escritório e rapidamente os colegas notaram, mataram e retiraram, então existem sim, mas são animais que hoje podem aparecer, amanhã podem não aparecer,” acrescentou a fonte.
Quando questionado sobre as estratégias para minimizar a situação, Nguma respondeu que “o que nós temos feito, normalmente, é aplicar um remédio para que o capim seque, mas quando chega a época chuvosa, não metemos enxada naquele lugar, mesmo por causa do assoreamento de terra que coloca em risco o nosso muro de vedação”.
Nguma Geraldo diz que, também, não dispõe de verba para realizar actividades, sobretudo os de limpeza. “O único desembolso que tivemos para este ano, foi de combustível, não temos como fazer outra ginástica diferente para poder fazer uma limpeza lá.” (Malito João)