Nampula (IKWELI) – A nova directora provincial do Género, Criança e Acção Social de Nampula, Cidinha Vicente dos Santos Mpila, garante que no decorrer do seu mandato, entre as várias acções que o sector poderá priorizar, o combate cerrado às uniões prematuras, bem como a retenção da rapariga na escola, será uma das prioridades.
A informação foi declarada à margem do empossamento da directora, como a mais nova responsável da pasta de Género, Criança e Acção social em Nampula, na última quarta-feira (19).
Durante a cerimónia, Mpila disse que não vai poupar esforços, por entender que as uniões prematuras podem ter um efeito devastador na vida da rapariga, desde expô-la à violência e a riscos para a saúde, até comprometer o seu futuro e os seus sonhos. “É grande desafio, vamos pautar pela sensibilização da nossa comunidade, em especial a rapariga e a mulher e que hajam encorajamentos para que se abandonem os vícios que abalam a nossa província. Estamos a dizer que Nampula é uma das províncias com maior índice de gravidez precoce e uniões prematuras, mas vamos trabalhar,” disse.
A directora do Género, Criança e Acção Social reiterou que o plano de tolerância zero às uniões prematuras, deve servir para todos actores sociais, sem deixar de fora os líderes comunitários que têm um papel chave no combate deste mal.
“Tolerância zero não pode ser só para o sector, isso deve ser uma acção conjunta, porque para ultrapassar esses males, como eu disse, precisamos de todos e a comunidade toda de mãos dadas.”
Trabalhar em vários centros de reassentamento como é o caso concreto de Corrane, onde há deslocados oriundos da província vizinha de Cabo Delgado, consta no rol das actividades de Cidinha Mpila, por entender que são pessoas vulneráveis que tanto precisam de amparo do sector.
“Já tem um plano, porque a acção social está focada em trabalhar igualmente nos centros de reassentamento, então vamos dar continuidade porque o trabalho já estava a ser feito,” concluiu. (Malito João)