Nampula (IKWELI) – Nesta quarta-feira, 15 de janeiro, toma posse o 5º Presidente da República de Moçambique (PR), Daniel Francisco Chapo, em evento público, mas a meio de um clima de tensão, violência e manifestações de constatação dos resultados das eleições de 9 de outubro de 2024.
Na cidade de Nampula, capital do maior círculo eleitoral do país, o dia acordou num misto de medo e receio, pois as pessoas temem um escalar de violência pela manifestação que possa ser realizada por apoiantes de Venâncio Mondlane, um dos candidatos presidenciais que não aceita derrota.
O transporte semi-colectivo de passageiros não está a funcionar na sua plenitude, os poucos na via escolhem locais para circular. São locais tidos como, minimamente, seguros.
Os “chapa-100” que estão a circular andam lotados, tanto é que levam passageiros até fora do veículo.
Segundo constatou o Ikweli, no mercado do Waresta, os comerciantes tiveram de entrar mais cedo, por temerem a onda de manifestações que possa eclodir enquanto Chapo é investido. Até pouco depois das 7h os comerciantes desmobilizavam-se para sair do Waresta, um dos pontos em que nos primeiros dois dos três dias desta fase de manifestação registou eventos violentos.
Pela tolerância de ponto que hoje se assinala, os principais centros comerciais encontram-se encerrados.
As padarias e algumas mercearias abertas estão superlotadas, tanto é que preciso fazer a bicha para ter acesso às compras.
Este cenário o Ikweli observou em diversas mercearias na zona de Mutava Rex, no bairro de Namicopo.
Ao longo da avenida do Trabalho, os operadores de “chapa-100” fazem das suas, estão encurtando as rotas, como também duplicaram o preço cobrado. (Nelsa Momade e Redação)