Nampula (IKWELI) – Moçambique encontra-se mergulhado em onda de manifestações que culminam em vandalismo e saqueamento de bens públicos e privados, desde o anúncio dos resultados que dão vitória ao Partido Frelimo e ao seu candidato, Daniel Chapo. Devido a esta situação, várias pessoas perderam a vida por conta do actual cenário.
Uma situação que preocupa os líderes religiosos, tal como o arcebispo de Nampula, que neste domingo (29), por sinal último do ano, a partir da Sé catedral, usou do seu poder eclesiástico, para criticar as mortes que dia-pós-dia afecta às famílias moçambicanas.
Diante dos crentes, dom Inácio Saure, disse que tal acto é um crime contra a humanidade pelas mortes diárias, sendo que as mesmas poderiam ser evitadas, mas também considera que a pobreza pode estar na origem das várias mortes.
“A luz da nossa fé, essas mortes constituem um grave pecado e Deus nosso pai celeste, diz-nos hoje como outrora o infanticídio de Caim que matou seu irmão Abel. A voz do sangue dos inocentes destes dias, clama da terra até Deus e Deus nos pedirá contas por isso”, disse.
No entanto, o arcebispo revela que o ano jubilar de 2025 servirá para a reconciliação com Deus, assim como os homens.
“Insisto e sublinho isto, o ano jubilar é o tempo favorável para com Deus e com os irmãos, todos nós acompanhamos aquela história vergonhosa dos prisioneiros da Machava, que os prisioneiros de todo tipo de mal seja verdadeiramente libertados, que a boa nova seja anunciado aos pobres”, concluiu dom Inácio Saure. (Ângela da Fonseca)