Nampula (IKWELI) – A Associação dos Professores Católicos de Moçambique (APCM), uma organização sócio-profissional de âmbito nacional, composta por educadores e outros agentes da educação que professam a religião católica com sensibilidade humana, afirma que as manifestações convocadas pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane comprometeram drasticamente a reflexão sobre o processo de ensino e aprendizagem no país.
De acordo com Eusébio Rosário, presidente da APCM, a Assembleia Nacional dos Professores Católicos havia sido marcada para o sábado (16), mas, devido à situação de instabilidade que o país enfrenta e seus impactos, o evento programado para a cidade de Nampula foi cancelado.
“Cancelamos a nossa 11ª assembleia devido à situação das manifestações que o país vive, mas estamos a pensar em agendar uma nova data para o evento, com a esperança de que será possível envolver todos aqueles que não se prepararam para participar dessa assembleia. Os assuntos que serão discutidos na mesa desta assembleia incluem, em primeiro lugar, a avaliação das nossas atividades. Além disso, a situação da educação em Moçambique será uma das prioridades da nossa discussão. Se não houvesse dificuldades na educação, não seria necessário redobrar os nossos esforços. Queremos alertar a sociedade, os pais, os encarregados de educação e os professores de que a educação sempre foi de responsabilidade da Igreja Católica, por isso temos a obrigação de garantir a educação de qualidade”, disse.
Os professores católicos expressam preocupação com as manifestações, pois entendem que elas estão impactando negativamente o processo de ensino e aprendizagem, especialmente no momento em que os alunos se preparam para os exames finais.
“Vejo aspectos negativos, pois as manifestações ocorrem em um momento crucial, quando estamos nos preparando para os exames finais do ano letivo. Acredito que isso está causando transtornos de última hora. Mesmo assim, estamos empenhados em continuar fazendo o nosso melhor pelos nossos alunos, conforme os conteúdos programáticos que ainda seguimos”, comentou.
A APCM é uma organização reconhecida pelo governo há dez anos e conta com cerca de 500 membros de várias províncias do país, a sua sede nacional é na cidade de Nampula. (Malito João)