Nampula (IKWELI) – A cidade de Nampula, maior centro urbano do norte de Moçambique, está as moscas, praticamente deserta e com pouca gente circulando.
Na ronda feita pela nossa reportagem, até pouco depois das 9h30 desta segunda-feira (21), observamos a não abertura da parte significante dos estabelecimentos comerciais, empresas privadas e as instituições públicas abertas não tinham utentes a procura pelos serviços.
As escolas estão, todas, encerradas e as unidades sanitárias sem muita gente.
Igualmente, observamos que a polícia, em viaturas de assalto, circula na cidade, altamente armada.
Desesperados, trabalhadores de alguns estabelecimentos comerciais arriscaram-se, foram aos seus postos de trabalho, mas o patronato não veio.
“Eu vinha trabalhar, não tinha como não vir”, disse um jovem trabalhador de uma loja ao longo da rua dos Continuadores, mesmo no centro da cidade.
Um outro trabalhador de uma loja na avenida Paulo Samuel Kankhomba desabafou que “esta situação vai dar cabo de nós. Não podemos ficar sem procurar pão para os nossos filhos”.
No mercado Novo, no centro da cidade de Nampula, um dos locais mais movimentados da urbe só viam-se poucos jovens na entrada. São jovens que, segundo apurámos, não frequentam o local habitualmente, desconhecendo-se as suas intenções.
Uma calmia assustadora verifica-se no bairro de Namicopo, Namutequeliua e na rotunda do aeroporto.
Entretanto, uma pequena movimentação de jovens desaguava para a delegação do PODEMOS/CAD na conhecida zona da Pequena Cidade, no bairro de Mutauanha. Estes jovens, que consigo carregavam garrafas de água, anunciavam que iam juntar-se para começar a greve pouco depois das 10h. (Redação)