Nampula (IKWELI) – Muitas assembleias de voto na cidade de Nampula registaram, nesta tarde, poucos eleitores nas filas para exercerem seu direito cívico, depois de uma manhã em que os votantes estiveram na sua máxima força.
Por volta das 14 horas, por exemplo, o Ikweli visitou a mesa de votação instalada na Escola Primária do 1º e 2º graus de Namicopo-sede, onde algumas Assembleias estavam às moscas, remetendo aos Membros de Mesa de Voto (MMV) a uma soneca.
O mesmo cenário assistiu-se na Escola Básica de Namicopo 2. Neste local, das dez Assembleia de voto instaladas, apenas quatro tinha eleitores em número de 20, a passo que as outras simplesmente os MMV’s encontravam-se a repousar.
Desconhecem-se, entretanto, as reais causas que contribuíram para a fraca presença dos eleitores nas Assembleias de voto daqueles postos de votação.
Nos últimos minutos há longas filas em Mutauanha e sem electricidade, o que provoca algum desconforto nos eleitores.
Parte das salas da escola básica de Mutauanha não dispõem de energia eléctrica, o que dificulta o trabalho.
Membros da assembleia de voto estão a tentar controlar o caos e garantir que todos possam exercer o seu direito de voto antes do término oficial.
Igual cenário verifica-se na escola básica da Cerâmica, onde desde as primeiras horas do dia, as filas intercalavam-se com dezenas de jovens demonstrando entusiasmo em participar, na sua maioria, pela primeira vez no processo democrático.
Com 18 anos de idade, Naira Sérgio experimentou pela primeira vez a sensação de votar e acredita que fez a escolha certa e que o seu voto contribuirá para o desenvolvimento do país.
A mesma sensação experimentou Bíssma Abdul, de 20 anos de idade, que disse que “estou muito ansiosa para ver como é que funciona, até porque nem sei quais sãos as instruções, mas estou aqui para saber e fazer uma escolha certa e que a pessoa que eu vou escolher, que possa cumprir as promessas que nos deu durante a campanha”.
Gaúcho Germano, de 20 anos, que também foi votar pela primeira vez, expressa as suas expectativas com relação ao processo de votação como “mais ou menos, porque já era de se esperar. Já tinha visto nos noticiários, então só vim fazer a minha parte como cidadão, exercer a minha função e ver como ficam os resultados. Vou confiar no partido em que vou depositar o meu voto.
Luísa Samuel, uma cidadã de 37 anos de idade, que esperava pela sua vez de votar no posto de votação instalado na EPC de Mutauanha, vê a forte presença de jovens como um reflexo do crescente interesse desta camada da população em influenciar os rumos políticos do país, especialmente em um contexto de desafios económicos e sociais que no seu entender afectam directamente este grupo.
No posto de votação montado na escola 7 de Abril, no centro da cidade de Nampula, até pouco depois das 19h ainda regista enchentes de mais ou menos 50 eleitores em cada mesa que pretendem exercer o seu dever cívico.
Vale salientar que esses eleitores estão perfilados em três mesas de votação, os quais queixam-se de morosidade.
No Instituto Industrial e Comercial de Nampula, pelo menos, duas mesas ainda estão em funcionamento, e na escola comunitária da ADEMO uma mesa continua em funcionamento. (Adina Sualehe, Ângela da Fonseca, Isidora Fernando e Constantino Henriques)