Nampula: “Chapeiros” suspendem actividades por conta do avançado estado de degradação da estrada do Matadouro

Nampula (IKWELI) – Os operadores do transportador urbano semi-colectivo de passageiro na rota Muhala Expansão/Substação ou Waresta, via Matadouro, na cidade de Nampula, suspenderam as suas actividades nesta quinta-feira (19) em reivindicação do avançado estado de degradação das estradas da rota.

Igualmente, para além de queixaram-se das condições da via de acesso, sobretudo no troço mercado do Matadouro/Academia Samora Moisés Machel, rua dos Sem Medo e parte da rua das Flores (Filipe Samuel Magaia), os transportadores denunciam cobranças ilícitas protagonizadas por agentes da Polícia Municipal de Fiscalização da cidade de Nampula. 

Os passageiros contam que a greve impactou negativamente nos seus planos, sobretudo alunos e trabalhadores e os, grevistas por sua vez, explicam que a manifestação visava alertar as autoridades competentes sobre a necessidade urgente de organização das estradas da cidade de Nampula e reprimir as ilegalidades que apoquentam os automobilistas.

“Nós estamos a ser pegos pela polícia municipal sem justa causa e quando os nossos patrões tomam conhecimento, descontam nossos salários, por isso encostamos carros logo na estrada para outros carros não passarem. Às vezes, os polícias desmontam a matrícula e lançam para lá no quintal do comando municipal”, disse um dos grevistas.

Outro condutor contou que até o dia de ontem, 18 de Setembro, a polícia municipal recolheu um total de 16 carros. “A estrada não está boa, sempre exigem inspecção e estamos a passar muito mal, eles olham somente para os chapas de matadouro e outra rota não fazem”, disse, referindo que “por exemplo, eu recebo 4.000,00Mt (quatro mil meticais) e me dão multa de 16.000,00Mt (dezasseis mil meticais), então prefiro ficar sem trabalhar do que trabalhar só para pagar multas”.

Salimo Assane, comandante da polícia municipal na cidade de Nampula, disse que os seus membros têm a proficiência de fiscalizar as viaturas que circulam na urbe, como forma de assegurar a postura municipal, e garantir que os automobilistas tenham os documentos exigidos em dia.

“Posso interpretar como um caso de mal-entendido, o comando da polícia municipal tem competência de fiscalizar todos actos administrativos no âmbito do nosso código de postura municipal, isso também integra a questão de fiscalização e controlo da jornada pela qual os transportadores semicolectivos estão licenciados. São casos de alguns transportadores em que viram as suas viaturas aprendidas por questões de encurtamentos rodas que têm se registado nesses últimos tempos e é uma preocupação para munícipes, como também o conselho autárquico de Nampula”, disse esta fonte.

Assane assegurou que a mediada visa sensibilizar os automobilistas para que tenham um comportamento ético nas suas actividades, tanto é que concluiu afirmando que “o comando da polícia municipal tem uma linha verde em que todos munícipes têm acesso, no entanto, não recebemos reclamação quanto a questão de cobranças ilícitas por parte dos nossos membros. Sei que os munícipes estão a viver numa situação de encurtamento de rotas”. (Malito João)

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