MDM acusa Frelimo de vandalizar seus panfletos em Nampula

Nampula (IKWELI) – O delegado político distrital do partido Movimento Democrático de Moçambique (MDM) em Nampula, Américo Iemenle, acusa o partido Frelimo de estar a vandalizar o material de campanha eleitoral da sua formação política, com destaque para bandeiras e panfletos de propaganda nas vias públicas.

“As bandeiras foram vandalizadas e roubadas por indivíduos na praça de Nampula e não temos o medo de dizer quem são, porque temos testemunhas oculares que um grupo do partido Frelimo e munidos de escadas por volta de 01hora de madrugada de segunda-feira retiraram as nossas bandeiras na via pública, por isso dizemos que o partido Frelimo não está preparado para o convívio no território nacional”, alegou.  

Esta fonte disse que, mesmo com a suposta provocação, o MDM não irá responder. “Nós estamos determinados e por causa do nosso civismo a gentemantém-se calma, mas não brinquem connosco, o país é nosso e nós somos o povo, ainda mais temos a dizer que o partido Frelimo não está preparado para enfrentar uma batalha e nós como partido MDM tentaram de várias formas de intimidar-nos”.  

A fonte diz que os actos de vandalismo das bandeiras e panfletos de propaganda eleitoral nas vias públicas, por parte do partido Frelimo, deve despertar aos órgãos de administração de justiça a agir e responsabilizar que comete ilícitos eleitorais.

O que diz o acusado?

Orlando Impissa, primeiro secretário distrital do partido Frelimo
Orlando Impissa, primeiro secretário distrital da Frelimo em Nampula

Entrevista ao Ikweli, o primeiro secretário distrital do comité do partido Frelimo em Nampula, Orlando Impissa, desconhece qualquer acto que visa estabilizar o processo da campanha eleitoral a nível do distrito, sobretudo a acusação de vandalismo do material de campanha eleitoral, tal como bandeiras e panfletos de propaganda nas vias públicas dos partidos da posição.

“Desconhecemos e nós distanciamos das acusações feitas ao partido Frelimo, apelamos maior trabalho”, disse o político, anotando que “como partido Frelimo consideramos o processo da campanha eleitoral como uma fresta e um processo pacífico que os partidos políticos apresentam o seu manifesto em determinado espaço, também nós desencorajamos violências, vandalismo e qualquer tipo de acto que visa perturbar as actividades da campanha leitoral, não se trata de discutir sobre bandeiras e panfletos”.

Por outro lado, Impissa disse que “podemos afirmar que estes 15 dias da campanha eleitoral o programado pela Frelimo foi alcançado, nesta segunda quinzena o esforço ainda é maior e o esforço é enorme, então os desafios são muitos grandes para se fazer aos vários pontos do distrito de Nampula. Nos focamos nas zonas recônditas, tal como Saua-Saua porque a ideia é pôr o fim a péssima condição da via de acesso e iluminação”.

E o que diz a polícia?

Nilza Chaúque,Porta-voz da PRM em Nampula

A porta-voz da República de Moçambique de Moçambique (PRM), em Nampula, Rosa Nilza Chaúque, confirma que há destruição de material da campanha eleitoral dos partidos políticos e que os protagonistas ainda são desconhecidos. 

E a Renamo acusa a Frelimo de recolher cartões de eleitores nos Belenenses

Quem, também, acusa a Frelimo de cometer ilícitos eleitorais é a Renamo que diz que, no mercado dos Belenenses, os camaradas têm vindo a recolher cartões de eleitores.

A denúncia foi feita esta quarta-feira (10) pelo delegado político do partido RENAMO do posto administrativo de Muhala, Ali Assane, que explicou ter recebido denúncias por parte de alguns vendedores lesados daquele mercado, alegando serem as lideranças dos bairros que andam envolvidos nessa empreitada.

“O partido da FRELIMO está a fazer a recolha de cartão dos eleitores, foram instruídos chefes dos mercados para recolher cartão de eleitor aos vendedores, isso considera-se roubo o que ele está a fazer é fraude, não sei porquê, visto que a votação será no dia 9 de outubro, então pedimos que vocês como eleitores não entregarem os vocês cartões, caso eles cheguem aqui, não entrem nas roubalheiras de FRELIMO. Porque cartão é pessoal e individual e único código que temos para poder tirar o governo que não está a fazer nada aqui em Moçambique e na província de Nampula”.

Naquele mercado, há vendedores que confirmaram ao Ikweli que os seus cartões foram recolhidos.

Os gestores daquele mercado confirmam a recolha de documentos de identificação, não sendo exclusivamente cartões de eleitores apenas.

Mário Marange Momade, adjunto chefe do mercado dos Belenenses, explicou ao Ikweli que esta actividade decorre com uma empresa denominada Conecta Negócio e tem por objectivo financiar jovens para fortalecerem os seus negócios.

“Não estamos a fazer nenhuma recolha de cartões de leitores em troca de dinheiro, mas sim recolhemos qualquer tipo de documento de cada vendedor que mostra interesse, para poder participar de e um projecto de ajuda duma empresa chamada Conecta Negócio, então acredito que não cobramos nada, visto que o registo de cadastro é feito através de um documento, eles estão a perceber mal, por falta de conhecimento do que estamos a fazer, visto que também é do conhecimento do Conselho Municipal”, disse.

Ao nível do distrito de Nampula, a Frelimo diz não ter conhecimento desta actividade e distancia-se da acusação da Renamo.

“Esse tipo de actos não constitui prática da Frelimo, porque a campanha que o partido Frelimo está a fazer é de muita paz”, assegurou Orlando Impissa, primeiro secretário da Frelimo em Nampula. (Nelsa Momade e Virgínia Emília)

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