Nampula (IKWELI) – O cabeça-de-lista do partido Acção do Movimento Unido para Salvação Integral (AMUSI) e candidato a governador de Nampula, Santos Almeida, entende que a falta de protecção na ponte sobre o rio Ampoense na principal via que liga o distrito de Monapo e os de Mogincual, Liupo, para além de Angoche, é a falta de consideração do governo para com o povo residentes nestes pontos.
Já faz muito tempo que a ponte sobre o rio Ampoense, no distrito de Monapo, está desprovida de protecção nas duas partes adjacentes, com enfoque para corrimãos. A situação tem representado terror para os utentes que usam a via. Aliás, são necessárias tantas “Ave Maria” quando se aproxima naquele ponto.
A situação não só representa perigo aos que circulam por meio de transporte, como também abrange aos peões que por ali passam, pois, qualquer desequilíbrio pode culminar numa queda fatal para o leito do rio Ampoense.
O problema é do domínio das autoridades governamentais locais, razão pela qual nos encontros com as autoridades máximas da província fez-se menção da necessidade de a Administração Nacional de Estradas intervir no sentido a colocar corrimãos naquela ponte para garantir segurança às populações, mas que nada foi feito até o arranque da presente campanha eleitoral.
Quis o destino, Santos Almeida escalou, no pretérito domingo (1 de Setembro), o distrito de Monapo, considerado o segundo maior círculo eleitoral da província de Nampula, principalmente no posto administrativo de Canacué que dista há 40km da vila sede, local que para chegar é necessário usar a ponte em causa.
Santos Almeida não escondeu sua fraqueza em conduzir naquele tipo de ambiente, por isso para não perigar as vidas das pessoas que o acompanhava sentiu-se obrigado a trocar o volante com sua esposa, Sandra Uahua.
Diante daquele cenário, o cabeça-de-lista do AMUSI traduziu como total falta de consideração do governo para com as vidas da população, sobretudo residentes naquelas circunscrições geográficas. Por essa razão, prometeu construir uma ponte de raiz sobre aquele rio.
Para além daquela ponte, Santos Almeida prometeu asfaltar a própria estrada e construir outras pontes sobre os rios localizados no mesmo troço, como forma de facilitar o escoamento dos produtos agrícolas das populações, caso o AMUSI vença as eleições do próximo dia 9 de Outubro do ano em curso.
Depois de percorrer 40 quilómetros da vila – sede de Monapo até Canacué, Santos Almeida continuou a caçar voto até a zona de Namacula, onde se deparou-se com uma escola primária, segundo ele, desconsiderada.
Trata-se de uma escola construída na base de estacas e coberta de capim, mas com sinais de total abandono. Nas salas apenas existem troncos que servem de carteiras para os meninos de Namacula.
O próprio gabinete do director de escola é um alpendre construído, também na base de estacas e capim.
O mesmo cenário, o cabeça-de-lista do AMUSI deparou-se no povoado de Puepue, há uns 14 quilómetros da localidade de Mucujua, ainda no distrito de Monapo.
Para aquele jurista, não faz sentido que numa província com abundância de recursos minerais ainda continuem escolas que remetem humilhação às crianças.
“Isto é inconcebível. Nampulenses, não podemos permitir que isto continue na nossa província. 50 anos de independência, nossas crianças continuarem a estudar em cabanas de ritos de iniciação masculina? Isto é demais”, considera Santos Almeida.
“Onde foi o orçamento do Estado para o ramo da Educação? Onde foi o dinheiro dos nossos parceiros internacionais de apoio a Educação? Será que ficou lá nos gabinetes? Isto é demais. Temos aqui madeira de qualidade, porque não se fazer carteiras em condições para as nossas crianças estudarem a vontade? Até quando as crianças escreverem com os cadernos apoiados no joelho? Vamos mudar isso, acreditem, se o AMUSI vencer, eu serei governador e vamos mudar isto, não podemos aceitar. Nós vamo-nos autodirigir na nossa província”, disse Santos Almeida.
Para além de escolas em condições, Santos Almeida prometeu aos moradores de Canacué a melhoria da qualidade de vida, disponibilizando água potável em abundância, hospitais em condições, segurança, permanente circulação de meios de transporte, disponibilização de insumos agrícola, para além de alocação dos próprios técnicos extensionistas para assegurar a produção e produtividade no sector familiar. (Constantino Henriques)