Para garantir a sua subsistência: Jovem deficiente física e mental carece de ajuda em Muatala

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Nampula (IKWELI) – Uma jovem de 24 anos de idade, que é deficiente física e padece de problemas mentais, clama por apoio no na unidade comunal do Piloto, nos arredores da cidade de Nampula.

Os pais da jovem, Arminda Vicente Manuel, anotam que todo o tipo de apoio, sobretudo a alimentar, é bem-vindo.

“Essa criança nasceu com esse problema, desde o ano 2000, quando nasceu não chorava até completar 1 mês sem reagir como uma criança normal, achei estranho. Fui para o hospital 25 de Setembro, depois fui transferida para o Hospital Central de Nampula. Fiquei duas semanas de baixa, mas nada resultava, até o dia que recebemos alta sem a criança reagir. Acabei levando para casa, fiquei dois anos sem devolver a criança ao hospital, mas a fazer o tratamento recomendado pelos médicos do Hospital Central de Nampula, depois de terminar, voltei para fazer outra consulta”, conta a senhora Elisa Mário, mãe da jovem Arminda.

Conta ainda esta fonte que os médicos terão lhe dado um diagnóstico definitivo, referindo que “a sua filha nunca mais irá crescer. Esta doença não lhe permitirá sentar, falar e chorar. A Arminda só estará a se comportar como um animal, irá morder as pessoas e devem usar paracetamol para acalmar os seus ânimos. Volte para casa, não gaste mais o seu dinheiro”.

A fonte acrescentou, desesperadamente, que para além do hospital, também recorreu a tratamentos tradicionais, no sentido de ver a sua filha bem, mas ainda assim não houve resultados satisfatórios. A Arminda está agora com 24 anos de vida e 24 anos padecendo deste mal. 

Por seu turno, o pai da jovem Arminda, Vicente Manuel explicou a nossa equipa de reportagem que o mais preocupante é ver sua filha a comer as suas roupas e que “não podemos deixá-la sem roupa, sofremos muito por causa disso, por isso pedimos ao governo ou pessoas de boa-fé que nos ajudem com a nossa filha. Não sabemos onde vamos terminar com essa situação, visto que ela muitas vezes reage como um animal selvagem”.   

O senhor Vicente explicou ainda que por causa da condição da sua filha, têm sido acusados de estarem a usá-la como fonte de riqueza, pois “é normal vizinhos ou mesmo pessoas de fora, como alunos, virem a porta da minha casa só para abusar, dizendo que devido ao estado da criança os pais conseguem muita coisa, mas aqui onde estou não tenho nada”. (Virgínia Emília)

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