Lixo continua preocupante na periferia de Nampula

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Nampula (IKWELI) – Alguns dos principais pontos dos bairros periféricos da cidade de Nampula, incluindo alguns mercados, andam atolados de lixo, sobretudo porque a edilidade não está a dispor de contentores para depositar-se os resíduos sólidos.

Os bairros de Mutauanha, Muhala Belenenses e Muahivire Expansão são exemplo disso.

Devido a esta falta de locais seguros para depositar o lixo, os munícipes vão encontrar pontos alternativos, como são casos de terrenos vedados, mas sem obra, tal como acontece do lado oposto a igreja do São José, mercado do Peixe e outros.

“O problema é que o conselho municipal não indicou um lugar exacto para deitar-se o lixo”, disse o munícipe Daniel Ferrão, residente no bairro de Mutauanha, prosseguindo que “o lixo já está há bastante tempo, desde que eu comecei com as minhas actividades neste local apenas só removeram uma vez, isso foi em 2022, mas até então nada foi feito, e está cada vez mais a subir. Olha só, já está acima do muro, depois isso cria um desconforto para os próprios residentes mais próximos, assim como para as pessoas que passam pelo passeio da lixeira”.

Artur Inácio, é um dos vendedores do mercado do Matadouro a aproximadamente 5 anos, o mesmo diz que a população que vive nas proximidades do mercado é que deitam o lixo, mas também não deixa de culpar o conselho municipal da cidade de Nampula por não se disponibilizar na requalificação do mesmo.

“Na verdade, não é agente que deita lixo nestes mercados, são as pessoas que vivem perto deste mercado”, disse Artur, justificando que “o problema desse mercado tem muitas bancas abandonadas, por isso que os moradores locais aproveitam-se nas horas que a gente saí para deixar o lixo, o conselho municipal da cidade de Nampula, tinha que intervir sobre essa situação, requalificado o mercado”.

O mercado do peixe é um outro desafio para as autoridades municipais, apesar de tantos esforços que o antigo edil Paulo Vahanle fez, no sentido de acabar com imundice daquele maior centro comercial de mariscos, o mesmo está longe de se libertar da imundície.

Santos Almeida, vendedor de mariscos, lamenta a situação e diz que os clientes que passam por lá não saem sem deixar uma opinião negativa, por conta de o mercado não oferecer melhores condições para a comercialização de produtos frescos, que podem facilmente apodrecer por conta do calor e ser contaminado pelas moscas.

“O lixo não é produzido totalmente neste mercado, os moradores próximos daqui é que deixam o lixo, isto porque ainda não há um lugar especial ou indicado pelo município”.

Giquirito promete requalificação dos mercados

No lançamento das festividades do 68° aniversário do dia 22 de agosto, dia da cidade de Nampula, o presidente do conselho municipal da cidade de Nampula, Luís Giquira, voltou a prometer, numa conferência de imprensa que deu no posto administrativo municipal de Muatala, a requalificação dos mercados, sobretudo os de renome.

“Nós já estamos um plano de requalificarmos todos os mercados existentes no município de Nampula”, disse o governante, avançado que “vamos iniciar a requalificar o mercado do peixe, isto porque é um centro muito importante de comercialização de mariscos, por isso que já lançamos um concurso, só falta avaliação dos concorrentes para o início da atividade”, concluiu. (Hermínio Raja)

 

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