Johannesburg (IKWELI) – A Lambda, uma organização moçambicana de defesa de direitos da comunidade LGBTQIA+ destacou, durante o 4º Fórum Regional de Activistas do sector realizado em Johannesburg, África ado Sul, a importância do fortalecimento de redes e capacitação de parceiros sobre a temática.
De acordo com Dário de Sousa, Oficial de Pesquisa, Formação e Direitos Humanos na LAMBDA, “a nossa presença neste fórum reflete o compromisso contínuo da LAMBDA com a promoção dos direitos LGBTQIA+ e a luta contra a discriminação”.
Segundo De Sousa, a participação no fórum de Joanesburgo foi de extrema importância por ter “proporcionado uma plataforma para compartilhar experiências, aprender com outros activistas e fortalecer a rede regional, tendo em conta que, “a troca de ideias e a construção de solidariedade são essenciais para resistir aos ataques contra os direitos LGBTQIA+ e promover um ambiente mais inclusivo e seguro. Daí que, a presença da LAMBDA no 4º fórum de activistas LGBTQIA+ reafirma o seu papel como um líder regional na luta pelos direitos desta comunidade”.
Durante os (3) dias, os activistas discutiram abordagens incrementais de descriminalização da [homossexualidade], avaliaram o impacto dos casos judiciais recentes e em andamento sobre direitos iguais, convergiram sobre a necessidade de fortalecer as estratégias legais e de advocacia para enfrentar novos desafios.
O 4º fórum regional é uma iniciativa bipartida da #GALZ e da Southern Africa Litigation Centre – #SALC, marcada pela discussão sobre a eficácia das abordagens incrementais para a descriminalização das relações consentidas entre adultos do mesmo sexo, que segundo defendeu Dario de Sousa, foi particularmente relevante para a LAMBDA, na medida em que “ofereceu subsídios sobre como melhorar as estratégias de advocacia e apoio legal”. Por outro lado, permitiu aos activistas refletir sobre o aumento significativo do movimento anti-LGBTQIA+ no mundo e em especial no ocidente e a sua capacidade de agravarem a situação no continente africano”.
Marcado pela participação do Perito Independente da #ONU sobre Orientação Sexual e Identidade de Género – #Graeme Reid e da Relatora Especial das Nações Unidas sobre o Direito a Saúde – Tlaleng Mofokeng, entre outros, o evento ficou marcado pela partilha de conhecimentos, lições e habilidades valiosas. Entre outras questões, os ativistas destacaram a importância da solidariedade entre os movimentos LGBTQIA+ na resistência ao movimento anti-género no continente africano, enfatizando a necessidade de nutrir redes e capacitar parceiros. (Redação)