No âmbito do processo eleitoral : Jovens artivistas pretendem reflectir sobre os manifestos eleitorais

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Maputo (IKWELI) – Jovens artivistas pretendem debater e discutir estratégias para influenciar os manifestos eleitorais dos partidos políticos que farão parte das eleições de Outubro próximo, assim como apresentar os seus anseios para o quinquénio de governação que se avizinha. 

Para o efeito, será realizado na sexta-feira (09), um Sarau Cultural, com foco para “O manifesto que os jovens querem”.

Em entrevista ao Ikweli, o artivista André Cardoso, sublinhou que o encontro tem como objectivo promover um espaço de debate em torno do papel dos jovens nos processos eleitorais.

“Este é um evento de cunho artístico e a ideia é de reunir jovens artistas para dialogarem com os candidatos das eleições de 09 de Outubro a partir das suas expressões artísticas, através da música e poesia”, explicou.

Tendo em conta o papel preponderante dos artistas na sociedade, sobretudo para os jovens, o propósito do evento é igualmente desafiá-los a reflectir sobre os anseios do quotidiano no que diz respeito a participação política.

“Muitas pessoas querem discutir questões relacionadas com a política mas não tem acesso aos espaços formais como o parlamento, conselhos de direcção de partidos porque alguns não fazem parte dos partidos políticos bem como aos membros de direcção mas também, mesmo que fizessem parte constatamos que não há muita abertura no seio partidário para que estes mesmos jovens possam falar sobre os seus anseios, perspectivas por causa da própria estrutura dos partidos políticos moçambicanos que estão cada vez mais fechados”, disse. 

Segundo Cardoso o espaço vai permitir com que os jovens que não fazem parte do artivismo dialoguem de forma aberta com vista a expor aquilo que são os seus anseios para que estejam reflectidos nos planos de governação do quinquénio que se aproxima. 

“Essencialmente querem atingir os partidos políticos e os seus candidatos de formas a que, nesse período em que estão em pré-campanha possam colher sensibilidades e possam colocar na sua agenda no seu manifesto, porque aquele que for a ganhar as eleições vai transformar o seu manifesto em um plano de governação e ver reflectido os seus planos é importante por dois motivos”, sublinhou. 

André Cardoso explicou que o facto de os manifestos eleitorais não serem formulados por jovens faz com que não tenham uma visão reflectida para esse grupo social, contribuindo assim para que a camada juvenil não tenha prioridades.

“Nós queremos colher dos jovens o que é que mais lhes interessa de modo a que esses políticos tenham essa visão a longo prazo e para que de alguma forma possa se monitorar ao longo da governação sobre essas temáticas e demandas que foram prometidos durante o processo de campanha”.

Com isso, os promotores do sarau cultural esperam maior participação dos jovens com vista a reflectir sobre questões políticas. (Redação)

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