Macomia (IKWELI) – Os transportadores semi-colectivos de pessoas e bens, no troço entre a vila de Macomia e o cruzamento de Auasse, no distrito de Mocímboa da Praia, queixam-se de estarem a ser maltratados e extorquidos por agentes da Unidade de Intervenção Rápida (UIR) e da Força Local.
Segundo apurou o Ikweli, durante o dia, a estes não é permitidos circula, sem explicação nenhuma, mas são liberados quando o sol se põe, sendo assim obrigados a circular, sob todos os riscos, durante o período nocturno.
“A tropa já não quer que carros circulem no troço entre Macomia-Auasse e vice-versa, mas notou-se que de Auasse para Macomia os carros passam. São cobrados ali nas cancelas e passam, sem escolta, até por volta das 9h os carros chegam a Macomia e continuam a sua viagem, mas quem chega a Macomia é retido, somente é liberado por volta das 17h30 quando a força sai da cancela, já tirar o aprumo, aí são extorquidos e liberados”, conta um automobilista entrevistado pelo correspondente do Ikweli no distrito de Macomia.
Um outro automobilista disse que “os chapeiros passam sem nenhuma escolta, alegam que não se pode escoltar e os carros acabam saindo assim mesmo a sua sorte. Ontem aconteceu, antes de ontem aconteceu. Neste preciso momento que estou a falar (agora são 11h27 do dia 16 de julho) tem muitos carros em Macomia a espera para seguir a Mocímboa, mas somente serão liberados por volta das 17h30”.
Igualmente, os denunciantes explicam que “ali quem está a proibir é a Força Local, assim como a Guarda Fronteira”.
“É triste o que está a acontecer. Passamos em troços de difícil acesso a altas horas, porque não nos deixam circular de dia. Estamos a correr muitos riscos. Até agora não sabemos porque não podemos passar naquele troço durante o dia”, concluiu uma das nossas fontes. (Redação)
