Nampula (IKWELI) – A última segunda-feira (10) foi um dia difícil para os moradores de Namaita, distrito de Rapale, na província de Nampula, quando espalhou-se a notícia de um homem ter sido brutalmente assassinado pelo amante da sua esposa com recurso à uma catana na calada da noite.
Segundo Rosa Chaúque, porta-voz da Polícia da República de Moçambique (PRM), em Nampula, antes do assassinato na residência da vítima, a esposa teria deixado a porta aberta para permitir livre entrada do amante, associando que o crime foi resultado de uma acção combinada.
“Os mesmos teriam protagonizado este acto na residência da vítima, onde a cidadã teria deixado a porta aberta e o seu amante se introduziu no interior da residência onde desferiu golpes na cabeça da vítima que veio a perder a vida. A polícia de imediato foi accionada, o que culminou com a neutralização dos dois indiciados que neste momento encontram se sobre custódia policial”.
Ao Ikweli, a esposa da vítima negou que tenha contribuído para o assassinato do marido, explicando que o autor, entrou na casa sem o conhecimento do casal.
“Eu sai com meu marido de noite, ia comprar vinho no mercado Maringue, no percurso deparamo-nos com um homem na mota que levava vinho consigo, aí eu e meu marido pensamos em comprar o vinho com o homem e ir beber em nossa casa. Quando chegamos, entramos e encostamos a porta de casa, começamos a beber, de repente veio um homem com catana e lanterna, bateu na cabeça do meu marido, aí ele chamou me e pediu-me copo de água, após beber água, disse para limpar o sangue na cara dele, limpei e sai fora, falei para pessoas que meu marido foi agredido, as pessoas disseram que é vida boa que vocês vivem”.
Ela alega ainda que foi ameaçada de morte pelo suposto amante, além de relações sexuais forçadas, porque “ao querer sair, aquele homem pegou-me e disse que não pode gritar, se não já sabes, aquele homem levou-me a casa dele, colocou-me na esteira e manteve relações sexuais comigo até a hora que ele quis, quando sai da casa dele fui a casa de um familiar de meu marido, fomos juntos a casa do secretário do bairro, quando saímos do Secretario fomos à minha casa e lá encontramos meu marido morto”, acrescentou.
Quando questionada se a indiciada conhecia o agressor, ela respondeu que “esse homem é meu vizinho, apenas namorávamos. Eu namorei anteriormente antes este homem, sim! Mas nestes dias eu não saí nenhuma noite a ir na casa dele, eu não. Fomos namorados, e quando ele matou meu marido fui na casa dele como? Quando meu marido vinha casar eu já namorava com ele”.
Por sua vez o suposto amante negou o seu envolvimento, alegando não estar envolvido no assassinato. “Eu estava na minha casa a dormir com meu amigo, aquela hora das duas para as três, aparece esta senhora com uma criança pequenina, disse peço ajuda, nós acordamos ali na varanda, lhe perguntei porquê? Disse veio um homem na minha casa que está a catanar o meu marido, mas não sei a esta hora se meu marido existe ou se está vivo, eu disse hiiiih, a partir dai eu tenho medo, vai lá na casa da sua tia ir deixar esta criança e ir dar esta informação ao tio do seu marido, de manhã o tio dela é quem nos deu informação a dizer que o marido morreu”. Sobre a relação com a senhora, suposto assassino também nega. (Isa João)