Nampula (IKWELI) – A Polícia da República de Moçambique (PRM), em Nampula, deteve dois indivíduos indiciados da prática de dois tipos legais de crime.
O primeiro detido é indiciado da prática do crime de desinformação, alegadamente, porque teria propalado na sua unidade residencial, no bairro Muhala, nos arredores da cidade de Nampula, que um casal de vizinhos acolhia indivíduos de conduta duvidosa, provavelmente ligados ao grupo terrorista que semeia luto e dor em Cabo Delgado.
Diz a polícia que, das informações propaladas pelo detido, ele referia que o grupo de terroristas acolhido na residência vizinha, cujos proprietários são refugiados e cuja nacionalidade não foi revelada, pretendia atacar a cidade de Nampula.
Na versão das vítimas deste caso, também, corroborada pela PRM, ainda que sem evidências bastante, os outros vizinhos teriam tentado violentar ao casal de estrangeiros.
No entanto, chamado das celas da 2ª Esquadra da PRM na cidade de Nampula para aceitar as acusações que pesam sobre si, o indiciado refutou que teria propalado que os vizinhos acolhem terroristas e mais, disse que a sua detenção tem como base a disputa por uma porção de terra.
Conta que há uma ambição do seu vizinho em ter o seu terreno, o qual ocupa desde 1999. Igualmente, disse que o cidadão estrangeiro chegou ao eu bairro em 2009 e de lá para cá tem tentando persuadi-lo a lhe vender o espaço, mas ele não aceita porque o mesmo é para os seus 9 filhos.
No entender deste cidadão “ele veio me incriminar. Ele é mal-agradecido”, porque “eu conheço a lei” e que tem sido guarda da moagem do mesmo.
O casal que faz parte deste caso voltou, em sede da esquadra de polícia, a apontar que o vizinho deles os teria acusado de acolher terroristas.
Rosa Chaúque, porta-voz da PRM em Nampula, disse a jornalistas que sobre este caso, a corporaçã decidiu privar a liberdade do indiciado baseando-se nestes rumores colocados pelo casal vítima.
“O cidadão teria convidado órgãos de comunicação e passado esta informação. Também entramos em contacto com estes e realmente este teria dito que viu pessoas a circularem de noite naquela residência. Um movimento de indivíduos desconhecidos que não se conheciam naquela área”, este é o outro argumentou que a polícia usa para prender o cidadão que chora pelo seu terreno que, a todo o custo, querem tirá-lo.
Igualmente, a polícia diz que não faz ideia de quanta gente teria tentando agredir o casal.
O segundo caso é referente a um assalto a mão armada, também, na jurisdição da 2ª Esquadra, em que um grupo de 15 indivíduos, munidos de instrumentos contundentes e uma arma de fogo que se pressupõe que seja do tipo AK47, dirigiu-se a uma mercearia onde se apoderou de 260.000,00Mt (duzentos e sessenta mil meticais) e vários outros bens.

Chaúque disse que a polícia, em trabalho de patrulha, apercebendo-se da situação fez-se prontamente ao local e chegado houve troca de tiros com os meliantes, sendo que dois deles foram atingidos por projécteis, ao que na mesma noite do dia 6 do corrente mês um perderia a vida a caminho do Hospital Central de Nampula e outro ainda recebe cuidados na mesma unidade sanitária.
Um terceiro membro do grupo, que nega ser assaltante, assumindo-se pedreiro, está detido pela polícia. Os outros 12 membros da quadrilha ainda encontram-se foragidos. (Aunício da Silva)