Nampula: Moradores de Nanuko exigem corrente eléctrica da rede pública

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Nampula (IKWELI) – Os moradores do quarteirão 1 na unidade comunal Nanuko, nos arredores da cidade de Nampula, exigem das autoridades locais a expansão da rede pública de fornecimento de energia eléctrica para aquela circunscrição.

Nanuko é uma zona de expansão, estando localizada, concretamente, no bairro de Muahivire Expansão, mas paradoxalmente foi expandida sem a observância dos critérios básicos, como o provimento de serviços de fornecimento de energia e água, saúde e educação.

Igualmente, os residentes locais entendem que a zona deve ser definida com uma rota para o transporte semi-colectivo de passageiros, de forma a garantir a mobilidade de pessoas e bens.

“Temos vivido várias dificuldades aqui no nosso bairro, água não temos, energia não temos, hospital não existe, as estradas estão totalmente estragadas e por isso passamos muito mal nessa nossa zona, não sei o que fizemos para sermos esquecidos desse jeito, até parece que vivemos fora da cidade de Nampula”, comenta o morador Moisés Fernando.

Sara Aurélio é outra moradora que se vê agastada com a situação como conta, “o sofrimento é bastante nessa zona, aqui não temos mesmo nada, até para chegar no hospital em tempo de parto nós, que somos mulheres, passamos muito mal, usamos o hospital da zona de Quatro Horas e lá é muito distante e fica complicado chegar lá porquê não temos chapa-100 a circular, então estamos a pedir favores mesmo devem nos olhar aqui na zona de Nanuko, passamos muito mal”.

Outra preocupação desses populares, prende-se com a falta de um posto policial para reduzir o índice de criminalidade que está a aumentar nos últimos tempos. “Aqui há muitos bandidos que saem de outra lado, lá na zona de 22 de Agosto, eles  vem aqui aproveitando-se da escuridão e  começam a vandalizar as nossas machambas e roubam os produtos e, também, nas nossas casas não passa um dia sem ouvir um caso de roubo. Aqui se a pessoa abrir uma pequena barraca de venda de produtos de primeira necessidade, os malfeitores aparecem e roubam tudo, e se tiver azar podem te deixar com golpes, porque eles não têm medo de ninguém por saberem que aqui não temos um posto policial que podia ser nosso refúgio”.

“Nós gostaríamos que as autoridades governamentais pudessem nos dar, pelo menos, água, energia, melhoramento da nossa escola e fazerem arranjos da nossa estrada, porque sabemos que ter um hospital não é fácil, então quando a estrada estar em boas condições os carros ou motas estarão a chegar, mesmo não ser com frequência”, solicita a moradora Júlia Francisco.

Por fim, a moradora Quitéria Brito comentou que “quando fiquei grávida passei muito mal e estava quase a morrer, porque quando me iniciou essa situação não estava preparada e como aqui não tem nem pelo menos chapa-100, tinha que caminhar uma boa distância para chegar no hospital da zona do 22 de Agosto, e quando cheguei lá fiquei muito tempo sem ser atendida, então aqui nós sofremos mesmo, precisamos ajuda com muita urgência”. (Malito João *Foto ilustrativa)

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