Nampula (IKWELI) – As celebrações do 1º de Maio, dia internacional do trabalhador, na cidade de Nampula, foram caracterizadas pelas habituais reivindicações de melhores condições de trabalho, contratos precários, assim como a exigência de jovens para que haja mais oportunidades de emprego.
Atanásio Roberto é um jovem mecânico, residente na cidade, que diz ter dificuldades em ter emprego formal, porque as oportunidades são cada vez mais escassas. “Sou mecânico e optei por esta via como única alternativa, para tal deixo uma mensagem aos jovens desempregados para que façam alguma coisa para suprir as suas necessidades e não desistir na luta de procura de emprego”.
Felizardo Cimeiro é outro jovem que diz ser importante o aumento da empregabilidade desta camada social, de forma a acelerar-se o desenvolvimento do país. “Também, a questão de subornos para conseguir o emprego no mercado actual é uma preocupação e pedimos a consideração dos jovens.
Álvaro Jacinto Calvestre, que é trabalhador, arrola que há muitas dificuldades no ramo onde opera, mas anota que “tenho vindo a me dedicar para que consiga o melhor para a minha família”.
“Está difícil encontrar emprego, principalmente para os jovens e mesmo que os mesmos sejam estudados os sectores que nós temos em Nampula não contratam e se contratam não pagam de acordo com o estatuto estabelecido pela lei em Moçambique”, comenta o trabalhador Hermenegildo Vasco.
Quem, também, anda desesperado são as pessoas com deficiência, tal como disse a professora Adelaide Maria Amade. “As pessoas com deficiência continuam a sofrer a discriminação no local de trabalho e também o cesso ao mercado de trabalho”.
Por seu turno, Rodriguês António Júlio, da Organização dos Trabalhadores Moçambicanos – Central Sindical (OTM – Central Sindical) em Nampula, diz que a organização tem vindo a receber muitas denúncias de conflitos laborais na província, por isso apela ao governo para que tenha pujança na resolução dos problemas dos trabalhadores.
“Pedimos o reconhecimento da existência e desenvolvimento da actividade sindical na Função Pública”, comentou esta fonte.
Júlio disse ainda que “encorajo aos trabalhadores a exigirem o contrato de trabalho, terem remuneração, também contribuir para a sua própria categoria porque depois de você encontrar o trabalho não contribui para a sua reforma, emprego termina e a pessoa fica sem remuneração e depois começamos a ver coisas na rua como idosos a pedir esmola, enquanto ao longo da sua vida eram trabalhadores”. (Nelsa Momade, Ruth Lemax e Virgínia Emília)