SoldMoz apela mulheres que ocupam lugares cimeiros chamadas a promover a igualdade género

Nampula (IKWELI) – A Solidariedade Moçambique (SoldMoz), uma organização não-governamental moçambicana, apela as mulheres que ocupam lugares cimeiros na política nacional a promoverem a igualdade de género e participação activa da mulher na vida política do país.

Para o director executivo da SoldMoz, António Mutoua, para que a mulheres rurais atinjam a verdadeira igualdade de género e a participação activa na vida política do país, devem contar com o apoio das deputadas, membros das assembleias provinciais e municipais.

“É triste o que vimos nos parlamentos, porque as mulheres não jogam o papel para defender as outras mulheres, a nossa expectativa era que a agenda das mulheres que ocupam assentos nos parlamentos tivessem um peso na decisão das assembleias, mas na sua maioria são observadoras e não falam assunto relacionados ao orçamento do género”, disse

Igualmente, relata que “é uma preocupação a fraca participação da mulher no desenvolvimento de Moçambique, então as próprias as mulheres que foram eleitas para deputadas nas assembleias tanto municipal, provincial e até da República devem tomar a dianteira no sentido de garantir o bem-estar da própria mulher”.

No entanto, Mutoua defende que “o normal seria, nós todos da sociedade civil votarmos o deputado que nós queremos para permitir à maior inclusão das mulheres na vida política do país, enquanto isto não acontecer é complicado, muita das vezes os deputados escolhidos pelos partidos para membros das assembleias existentes não pertencem a um determinado círculo eleitoral e faz com que menos contribuam para o melhoramento”.

Na mesma senda, sublinhou que “nós temos feito apelos aos partidos políticos que na seleção dos seus candidatos a deputados para que, pelo menos, olhem as mulheres numa posição de participação política activa para conduzir os destinos deste país, a participação política não é só a mulher fazer o recenseamento e votar, mas sim é estar no centro das decisões”.

A nossa fonte, entende que o país no processo eleitoral regrediu bastante e recorda que “o processo de recenseamento nas autarquias passadas foi uma lástima e sobretudo para nós que presenciamos, porque houve várias confusões, problemas técnicos e entre outras situações, ao invés de melhorar nos processos eleitorais estamos cada vez mais a piorar e para pôr fim a este problema os partidos devem estar distantes dos órgãos eleitorais, no sentido que os processos sejam credíveis”.

Mutoua concluiu que “há muita coisa que precisamos mudar para o bem do povo e da democracia do país, o vector maior são os órgãos eleitorais que gerem mal os processos e hoje em dia não há confiança e as instituições não são credíveis em todo o Moçambique”. (Nelsa Momade)

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