Nampula (IKWELI) – Os utentes do mercado do Cotocuane, localizado no mítico bairro de Namutequeliua, nos arredores da cidade de Nampula, exigem que a edilidade local tenha em conta o péssimo sistema de saneamento do meio que caracteriza aquele local, no sentido de melhorá-lo.
Uma das principais preocupações tem a ver com os sanitários públicos ali existentes, todos em estado de imundície de bradar os céus, o que concorre para a proliferação de moscas.
“Estamos há muito tempo a conviver com esta situação e o pior é que o governo não faz nada em nosso favor. Antigamente, nós vendíamos normalmente dentro do mercado, mas depois da queda das fossas da casa de banho do mercado não conseguimos ficar dentro do alpendre porque toda a água que sai dentro da fossa escorre para o alpendre do mercado e não dá para conviver diariamente com isso, porque o mau cheiro piora com o calor”, disse ao Ikweli Daua Silvano, vendedeira de frutas no mercado Cotocuane.
Zainabo Afonso, outra vendedeira, disse que para além do problema das fossas, o mercado preciso de melhorar o revestimento da sua plataforma, ou seja, precisa de pavimentação.
“O assunto de cheiro e da lama não é recente aqui no mercado, mas o mau cheiro está pior a cada dia e piora com calor e com a chuva, não temos como ficar dentro do alpendre porque seria conviver com mau cheiro e isso não aguentamos. E a lama que as chuvas trazem, também, não facilita a vida dos munícipes no mercado, dos residentes na zona, e nem das pessoas que fazem compras dentro do mercado, eu inclusive há um tempo cheguei a cair por causa da lama”, disse.
Residente nas imediações do mercado e comerciante de legumes, o senhor Alberto Joaquim, também, não esconde a sua preocupação.
Alberto Joaquim, de 41 anos de idade vende produtos de origem agrícola no mesmo mercado aborda que alem da lama e da água que escorre da fossa para o mercado, tem a questão do mau cheiro. “Não tem sido bom para nós como munícipes do mercado e nem para os que vem comprar connosco, porque as vezes parece que temos falta de higiene, enquanto, na verdade, são fossas que se partiram”.
O gestor do mercado, Alexandre Manuel Abacar, também, diz-se preocupado com a situação.
Esta fonte recorda que “havia uma casa de banho do lado do mercado. O dono, o município, vendeu o lugar, e o senhor que lá estava nos deixou usar até que ele perdeu a vida e a fossa foi abaixo. Tentamos fazer uma outra que, também, foi abaixo”.
Todavia, Abacar disse ter reportado a edilidade o problema com o saneamento do meio naquele mercado e aguarda resposta. (Ruth Lemax)