Nampula (IKWELI) – Um jovem dos seus 27 anos de idade, supostamente residente no bairro de Namicopo, nos arredores da cidade de Nampula, mais conhecido nos meandros de crime por Mahindra, está a contas com a Polícia da República de Moçambique, naquela parcela moçambicana, indiciado de cometer vários tipos de crimes.
Mahindra é apontado como um dos integrantes do recente assalto a mão armada no banco Standard Bank, que culminou com um saque de dinheiro. De acordo com a Polícia, o indiciado é, também, um dos elementos de quadrilhas vocacionadas a roubo e furto em estabelecimentos comerciais.
No dia da sua neutralização, em conformidade com a corporação, o jovem em causa teria arrancado uma motorizada a um cidadão em plena via pública, o que elevou os ânimos dos membros da polícia culminando na sua perseguição.
Zacarias Nacute, porta-voz da PRM em Nampula, acrescentou que antes da neutralização do indiciado, o mesmo travou um confronto com os agentes da lei e ordem, tendo, na sequência arrancado a arma de fogo dos policiais.
“Trata-se de um cidadão conhecido nos meandros do crime como Mahindra, um indivíduo cadastrado, tem várias passagens a nível das nossas subunidades policiais. De referir que este é um dos cabecilhas dos assaltos do banco ao nível da nossa urbe, particularmente o caso do Standard Bank. Já esteve envolvido em assaltos em alguns estabelecimentos comerciais onde, com recurso a arma de fogo, subtraíram algumas quantias de dinheiro e no dia em que ele foi neutralizado, teria subtraído a motorizada de um cidadão na via pública onde estavam membros da PRM a fazer patrulha, acabaram interpelando este indivíduo. Na confusão o mesmo entrou em confronto com os agentes da PRM, retirou a arma de um deles e acabou sendo baleado e neutralizado e encaminhado para as nossas subunidades policiais”, contou Zacarias Nacute.
Segundo garantias de Nacute, “neste momento estamos a trabalhar com este indivíduo para a localização de outros integrantes da quadrilha e a localização da arma de fogo que os mesmos usavam em outros actos criminosos para lograr seus intentos. Neste momento, acreditamos que estamos muito adiantados para conseguir localizar os outros integrantes da quadrilha e poder responsabilizá-los criminalmente pelos actos já cometidos”.
Com poucas palavras, Mahindra contou aos jornalistas que foi baleado na sua perna esquerda fora do local onde foi neutralizado. “Eu estou detido aqui porque me acusaram que tenho arma, mas eu não tenho arma. Eu estava na CTT, ali na sétima esquadra, me levaram para o comando e do comando para aqui”, contou o jovem Mahindra.
“Fui amarrado na cara e me balearam. Só sei que me amarraram na cara e me balearam, não sei se é ali mesmo na sétima esquadra”, precisou.
Quando questionado sobre o significado do seu nome, respondeu que “não sei explicar, só as pessoas me chamam assim mesmo- Mahindra”.
Detido um individuo disfarçado de professor para pedir crédito bancário
A PRM em Nampula, também, apresentou esta terça-feira (21) um jovem detido pela corporação quando tentava pedir um crédito bancário, fazendo-se por professor em exercício num estabelecimento de ensino da cidade de Nampula.
De 30 anos de idade, o jovem em causa, que se dedica ao comércio informal na cidade de Nampula, disse ter apanhado alguns documentos na via pública pertencentes a um profissional de educação e levou-os, alterou o nome e outros dados constantes no documento original para sua identificação.
No banco, o jovem teria pedido um empréstimo de 250.000,00Mt (duzentos e cinquenta mil meticais), mas, após o banco aperceber-se que os documentos apresentados eram falsos, acabou solicitando a polícia que tratou de prendê-lo.
“O cidadão fez-se se passar de professor de uma escola aqui na urbe, no banco tendo convencido os profissionais do mesmo de que se tratava de um professor, tentou fazer sem sucesso um empréstimo”, referiu Zacarias Nacute.
“Apanhei os documentos e fui ao banco para pedir empréstimo de dinheiro. Lá disseram que eram documentos falsos, eu apanhei esses documentos na rua. Queria pedir 250 mil, para comprar meu espaço. Quando apanhei aqueles documentos pensei que seria possível pedir o dinheiro no banco, mas me capturaram lá mesmo no banco”, versou o falso professor.
Distracção do banco leva jovem a cadeia
“Fui ao banco e entreguei o cheque com o valor de 30 mil meticais e a contabilista me deu o dinheiro a mais, 130 mil”, conta um outro jovem que se encontra detido na 1ª Esquadra da Polícia da República de Moçambique, na cidade de Nampula, o qual na última sexta-feira dirigiu-se a uma agência do Standard Bank, na zona da Subestação para levantar dinheiro via cheque, no valor de 30 mil meticais, mas a operadora de caixa entregou-lhe um valor de 130 mil meticais.
“Quando levei aquele dinheiro eu não contei e fui para casa. Mas antes de chegar em casa me ligaram lá do banco. Quando cheguei o director do banco disse que você levou dinheiro a mais, eu não neguei e disse que na verdade levei, mas já usei a outra parte e o director me perguntou, você ficou com quanto? Eu disse que fiquei com 71 mil e ele disse, está bom, assim vamos ao comando”, prosseguiu.
“Quando levei não contei, simplesmente comecei a gastar aquele valor no pagamento das dívidas que tinha, pagamento de renda, porque eu vivo numa casa arrendada”, acrescentou o indiciado.
“O segundo cidadão dirigiu-se a um dos bancos comerciais daqui na nossa praça, na posse de um cheque de 30 mil meticais. Já no interior do banco e diante da caixa, de forma fraudulenta, acabou distraindo a operadora e acabou levantando 130 mil meticais ao invés de 30 mil meticais que o mesmo apresentava no cheque”, explicou Zacarias Nacute.
“Posto isso, o indivíduo retirou-se do banco e fez o uso do dinheiro. No entanto, após o banco aperceber-se do caso criou-se diligências para a localização do mesmo e acabou sendo detido e está sob nossa custódia para poder responder pelo crime cometido”, relatou o porta-voz da PRM na província de Nampula. (Constantino Henriques)