Nampula (IKWELI) – A Associação dos Professores Católicos de Moçambicanos (APCM) mostra-se preocupada com a horizontalidade da corrupção passiva e activa nos estabelecimentos de ensino públicos e privados, numa altura em que estão a espreita os exames finais da 10ª e 12ª classes do Sistema Nacional de Educação.
A preocupação é manifestada pelo presidente da APCM, Eusébio Rosário, para quem o professor que se que aproveita do momento cobrando valores aos seus estudantes em troca de ajuda e notas no exame mostra imaturidade profissional. “Nós sensibilizamos o professor a considerar o ensino como missão e vocação e não como um ponto de negócio. O professor deve ser aquele que não sente vergonha da sua missão, fazendo bem o papel de educador, a nossa ideia é inverter o cenário de acontecimentos, trazendo as soluções do problema, não falar apenas destes que são vários no sistema de educação”.
Para Eusébio Rosário, “o bom professor é aquele que não se preocupa em ser conteudista, mas que promove a circulação do conhecimento, que aguça a curiosidade, que proporciona a reflexão dos seus educandos, abrindo espaço para o diálogo saudável, e não aquele que quer sujar a sua imagem com um simples 100.00.000Mt (cem meticais), o professor não pode se envolver em situações que somente vão lhe arranjar problemas para si mesmo e para a sociedade”.
A Associação dos Professores Católicos de Moçambicanos tem como objectivo principal lutar contra males que enfermam o processo de ensino e aprendizagem, dai que várias actividades são levadas a cabo com destaque para palestras nas escolas com vista a desencorajar os professores que demonstram um comportamento desviante e corrupto na a sua actuação como profissional de educação.
Reconhecida pelo governo, há dez anos, conta com mais de 450 membros pertences as várias províncias do país, e a sua sede nacional é na cidade de Nampula. (Malito João)