Nampula (IKWELI) – O ambiente escolar tem sido um dos mais agressivos para pessoas LGBT+ na província de Nampula, e para reverter o cenário, a Lambda, uma organização moçambicana que advoga o reconhecimento dos direitos humanos das minorias sexuais tem vindo a capacitar professores sobre esta temática.
Orlando Cobre, coordenador regional norte da Lambda, disse ao Ikweli que está actividade decorrer em coordenação com o ministério da Educação, e o propósito é mesmo responder aquilo que são dificuldades dos alunos LGBT no ambiente escolar.
“Nós, como Lambda, já temos um pontapé de saída com o ministério de Educação em termos de parceiras, mas ainda achamos muito pouco e pretendemos muito mais”, disse a fonte, deixando a entender que há toda a necessidade de fazer-se um pouco mais pelos alunos LGBT+ no ambiente escolar.
Em 2018, a Lambda promoveu um estudo que concluiu ser nocivo o ambiente escolar para alunos LGBT+ na cidade de Nampula.
“Um dos principais objectivo do estudo era identificar quais eram os tipos de violência perpetrados em ambiente escolar para jovens e adolescentes da comunidade LGBT, identificar qual é o impacto na vida social e no aproveitamento pedagógico e perceber quais são os mecanismos que eles usavam para se defender”, esclareceu a fonte.
“Os principais perpetradores na sua maioria eram os próprios professores e alunos que cometiam a descriminação e bowling para alunos lésbicas, gays, bissexuais, transsexuais e esse tinha como impacto a violência física e psicológica que trás um impacto imediato na vida das pessoas”, comentou ainda Cobre sobre os resultados do estudo.
É entender do nosso interlocutor que o Governo comece a ser específico nas políticas e estratégias de governação que desenha e implementa em relação a questões LGBT+, no sentido de garantir os direitos humanos de todos.
“Já fizemos várias capacitações para vários provedores da saúde e outros porque queremos fazer fluir aquilo que são preocupação das pessoas LGBT, também, estamos em alguns projetos e programas sobre a saúde e HIV onde mobilizamos e procuramos despertar a autoestima dos nossos beneficiários”, concluiu o nosso entrevistado. (Nelsa Momade)