Nampula (IKWELI) – O ministro moçambicano da Agricultura e Desenvolvimento Rural (MADER), Celso Correia, defendeu, durante uma entrevista a rádio pública nacional, a necessidade de mais infraestruturação do país, de forma a garantir a exploração massiva das áreas aráveis que se encontram subaproveitadas.
“O aumento das áreas de cultivo tem sido um grande de desafio para o MADER”, reconhece Correia, explicando que “para que se alcance este objectivo, deve haver mais infraestruturação, nomeadamente o aumento de sistemas de rega e vias de acesso”, entendendo que “o SUSTENTA tem estado a contribuir através do investimento na mecanização”.
Igualmente, o governante disse que “o principal foco está na mecanização e na massificação do acesso a sementes certificadas”.
Mesmo diante destes desafios, o ministro Correia assegurou que “houve um grande investimento na requalificação de áreas de produção e na revitalização da rede de extensão agrária, que é o canal de transferência de tecnologia e conhecimento para os camponeses”, e que “agora o grande objectivo é apostar intensamente na investigação”.
Na semana passada, pelo menos 60 distritos do país efectuaram ao lançamento da chamada pública para financiamentos no âmbito do programa SUSTENTA, e ao ministro foi questionado a transparência na seleção dos beneficiários, e quanto a isso, o ministro disse que “o processo é descentralizado e com critérios bem definidos, desde o distrito”. Entretanto, os recursos são limitados por isso são mais disputados. Contudo há um exercício diário de mobilização de recursos.
Ainda em relação a infraestruturação, Correia disse que “há uma coordenação com o Ministério das Obras Públicas e Recursos Hídricos no sentido de a médio prazo melhorar a rede viária rural”.
“Nós próximos três anos, um dos grandes objectivos é atingir o equilíbrio na balança comercial agrícola, que neste momento tem um défice que ronda 500 milhões de USD”, garantiu o ministro, trazendo a novidade da “constituição de um fundo de estabilização de preços que permitiu a subida do preço de algodão em 35%, o que vai melhorar substancialmente o rendimento dos produtores”. (Redação)