Nampula (IKWELI) – O governo da província de Nampula, através da direcção provincial da Indústria e Comércio, apela aos produtores para que não avancem com a comercialização do milho antes de atingir a sua total maturação, por forma a garantir a qualidade do mesmo, aceitação pelas indústrias de farinação e o registo de perdas avultadas.
De acordo com o director do sector, Alfredo Nampuio, muitas vezes, para assegurar a disponibilidade da matéria-prima, os industriais de farinação são obrigados as recorrer a outras províncias.
“O milho é um dos produtos que temos grandes perdas, em termos de qualidade, porque se este for comercializado antes de atingir a total maturação traz problemas, principalmente, no processamento, e neste ano, trabalhamos com as comunidades no sentido de elas não venderem de forma precoce para observarmos estes elementos, por isso que até agora não temos a comercialização de milho em grandes quantidades,porque eles estão a espera que seque para poder vender”, disse Nampuio.
A situação de má qualidade do milho de Nampula, é uma das preocupações que os industriais de farinação têm colocado ao governo, facto que lhes custa mais investimentos para ir buscar o produto noutras províncias, o que resulta no agravamento do preço da farinha de milho na província.
A título de exemplo, o Governador de Nampula efectuou num passado recente uma visita a uma indústria moageira localizada no bairro de Mutava Rex, onde depois de ouvir o preço praticado, mostrou-se insatisfeito, porque segundo ele, “não faz sentido registar-se subida de preços enquanto possuímos matéria-prima em abundância”, tendo, na altura, o representante daquela moageira defendido que o milho de Nampula não tem a qualidade recomendada e que o que está a ser usado é da província do Niassa, e para buscar envolve-se custos adicionais.
Quanto à perda durante o armazenamento, o director garantiu ter trabalhado com todos os armazenistas na província, no sentido de terem em conta todas medidas para a conservação do grão usando alguns produtos químicos no sentido de combater pragas em armazéns. (Alfredo Célia)