Nampula: Emprego formal continua difícil para os jovens locais

Nampula (IKWELI) – Parte dos jovens residentes na cidade de Nampula, no norte de Moçambique, queixam-se da falta de oportunidades de emprego formal, o que faz com que muitos deles recorram ao mercado formal para gerar receitas de forma a suprir as suas necessidades.

Alguns deles entrevistados pelo Ikweli, apontam o dedo acusador ao governo, alegando que o mesmo pouco faz para resolver esta problemática.

Eulário Jorge Mavambe, jovem desempregado e residente na cidade de Nampula, reconhece que a crise económica e a falta de qualificação profissional fazem com que os jovens tenham pouco chance de encontrarem um emprego formal.

Barbeiro e residente no bairro do Matadouro, o jovem Amade Domingos, também, comenta que há a necessidade de se incrementarem iniciativas abrangentes, para que mais jovens tenham acesso ao emprego ou então tenham ou autoemprego, tanto é que anota que no caso de a dinâmica se mantiver como nos dias actuais, a sua actividade poderá não suprir as suas despesas no futuro.

Esta fonte reconhece ser impossível que o governo e o sector privado consigam prover emprego a todos os jovens, mas apela para que haja iniciativas que garantam que este grupo etário consiga gerar receitas próprias.

Sílvio, agente de serviços financeiros móveis, apela aos jovens a tomarem as rédeas das suas vidas financeiras, de forma que não fiquem, somente, a espera do governo.

É apelo desse jovem que os outros não se limitem a curtição, pois quando fizerem as contas o tempo já terá passado.

Operador de táxi de mota, Vinock Avelino, jovem residente no bairro de Napipine, opina que o governo deve preocupar-se com a abertura de novas e mais fábricas, de forma a absorver maior número de mão-de-obra.

“Eles [governo] devem saber que a juventude é o futuro do amanha, os jovens que se metem nas drogas e outros vícios a culpa é do governo porque não velam pelos seus filhos, nós jovens moçambicanos, somos filho deles”, comente Vinock.

“Não quero muito, preciso apenas de uma chance para melhorar a minha vida e a da minha família”, refere Saibo Mário, que reside em Mutauanha, que é mecânico.

Vendedeira ambulante de ovo cozido, a jovem Jorgina Félix conta que os seus dias na rua não têm sido nada fáceis, pois para além de sofrer todo o tipo de assédio, vê-se obrigada a percorrer quilómetros e quilómetros a procura de clientela.

Sérgio Francisco Júnior, residente no bairro de Napipine, também, atribui culpa ao governo pelo facto de cada vez mais, jovens se envolverem no consumo de drogas, por isso entende que devia ser adoptada uma política de emprego ou autoemprego não excludente. (Ruth Lemax)

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