Por ter sistemas de saneamento fracos: Moçambique “leva porrada” com cólera

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Nampula (IKWELI) – O governo moçambicano mostra-se preocupado com os crescentes casos de cólera e diarreias que dão entrada nas unidades sanitárias um pouco por todo o país, e teme que o cenário piore no período chuvoso já em curso.

Com a eclosão da cólera, no intervalo entre 14 de Setembro de 2022 a 7 de Novembro do ano em curso, os dados avançados pelas entidades oficiais do país apontam que 150 pessoas perderam a vida por causa desta. Igualmente,  36420 pessoas deram entrada nas unidades sanitárias devido aquela doença endémica, no período em análise.

Dos casos diagnosticados a nível nacional, 4286 são pacientes da província de Nampula onde em quase todos distritos houve o registo da cólera. Aliás, dos 150 óbidos, 6 foram habitantes da considerada província mais populosa de Moçambique.

Devido a tendência da doença no país, na última sexta-feira teve lugar na cidade de Nampula a reunião do Comité Operativo de Emergência Provincial (COE) de Nampula, que contou com a participação da Ministra da Terra e Ambiente, Ivete Maibaze.

No encontro voltou a ser apontada como uma das causas que torna Moçambique vulnerável às doenças de origem hídrica, o deficiente saneamento do meio, sobretudo nas grandes cidades, bem como o fraco abastecimento de água às populações.

Para cortar a cauda da cólera no país, e em Nampula de maneira em particular, Ivete Maibaze pediu maior e melhor colaboração de todos actores sociais.

“O combate a cólera depende em grande medida da colaboração de todos, particularmente do indivíduo, da família, e das comunidades. O envolvimento de todas forças vivas da sociedade na prevenção e controle da cólera é fundamental, a prevenção está ao alcance de todos, bastando cumprir com as medidas de higiene individual e colectiva. Cuidar da água, alimento e saneamento”, reiterou a ministra.

Ivete Maibaze  destacou, também, a necessidade da prevenção através da idealização de um plano de mitigação em todos os distritos da província de Nampula.

Por outro lado, a fonte frisou a pertinência do reforço da vigilância nos pontos de entrada, nas fronteiras com os países vizinhos, promoção de campanha de limpeza nos distritos, como estratégias para estancar o mal.

“No sector de saúde ao nível da província, recomendar a garantia de um sistema de vigilância eficiente que permite identificar os casos suspeitos, incluido nas comunidades, análise de confirmação rápido do surto, notificação imediata a todas as comunidades envolvidas, assegurar a prontidão das unidades sanitárias para o tratamento de casos de cólera e, acima de tudo, o reforço da vigilância comunitária com envolvimento dos líderes comunitários de modo a evitar óbitos nas comunidades em face da época chuvosa que se avizinha”, disse a ministra. (Constantino Henriques)

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