Nampula (IKWELI) – O delegado do Instituto Nacional de Acção Social (INAS), Hassane Juma, garantiu na manhã de sexta-feira (17) que o pagamento do subsídio social de COVID-19 será retomado dentro de poucos dias, beneficiando milhares de famílias no distrito de Nampula.
Segundo Juma, os dados indicam que o distrito de Nampula contará com 136.998 agregados familiares abrangidos pelo programa. Ele recordou que, em 2021, o governo havia conseguido pagar apenas dois meses do subsídio, equivalente a 1.500,00Mt (quinhentos meticais), por cada mês, dos seis inicialmente previstos, devido a limitações financeiras.
“Em 2021, como sabemos, o governo assistiu cerca de 136.998 agregados no distrito de Nampula no âmbito da COVID-19, com um subsídio de 1.500,00Mt. Naquela altura, conseguimos pagar apenas dois meses, e o nosso compromisso era pagar seis. Agora, com o apoio de parceiros, o governo decidiu repor essa capacidade. Estamos a abrir contas nas operadoras de telefonia móvel, e, a partir de agora, os beneficiários vão deixar de receber o subsídio em mão, passando a recebê-lo por via electrónica”, explicou o delegado.
Quanto a data do início dos pagamentos, Hassane Juma esclareceu que o processo já está em curso. “Começámos no dia 8, como podem ver, a fazer a abertura das contas e a entrega dos cartões de telefonia móvel. A nossa ideia é que, cerca de dez dias depois do início da abertura das contas, se inicie o desembolso dos valores directamente para as contas dos beneficiários, de forma sequencial”, destacou.
Questionado sobre alegações de corrupção durante o processo de cadastramento, o delegado do INAS afirmou que até ao momento não há registo de grandes irregularidades. “As pessoas estão a afluir em massa, como podem observar. No final do processo, quando fizermos o balanço, é possível que não encontremos todas as pessoas que receberam o subsídio em 2021, porque algumas emigraram ou mudaram de residência. Estaremos aqui durante dois meses a realizar este trabalho”, avançou.
Relativamente aos rumores de que o governo iria distribuir telemóveis aos beneficiários, Hassane Juma desmentiu categoricamente. “Isso não é verdade. Sabemos qual é a conjuntura económica e o que implicaria fornecer telemóveis a mais de 136 mil famílias. Neste momento, o governo dispõe apenas dos recursos necessários para pagar o valor do subsídio. Por isso, estamos a entregar o cartão de telefonia móvel, que permitirá ao beneficiário abrir a sua conta e usar o seu próprio telefone normalmente”, esclareceu o delegado. (Malito João)