Nampula (IKWELI) – Perto de 10 barracas do mercado grossista de Chiuaula, no bairro com o mesmo nome, na cidade de Lichinga, foram consumidas e reduzidas a cinzas por um incêndio que se registou na madrugada da passada quinta-feira (19).
O porta-voz do Serviço Nacional de Salvação Pública (SENSAP), a nível da província do Niassa, Ernesto Matine, explicou que o incêndio ocorreu quando era precisamente 1h da madrugada, na altura, apesar das dificuldades de acesso, esforços foram envidados com vista a debelar as chamas que consumiam as barracas.
Segundo Matine, o incêndio foi ocasionado por uma chama aberta, que acabou por causar danos avultados aos proprietários das barracas.
“Constatámos que o que originou o incêndio foi uma chama aberta, ou seja, fogo não controlado e com aqueles combustíveis ao redor acabou por gerar o incendio. Reiteramos apelos aos munícipes para que quando estiverem a largar ter a certeza que os eletrodomésticos foram desligados. O outro aspecto é que estamos numa época em que a procura pelos sistemas de aquecimento é maior, o que temos observado é que um certo grupo de pessoas acende a lareira. É preciso que se remova todos os combustíveis para evitar que haja outros focos de chama abertos”.
Enquanto isso, a autarquia da cidade de Lichinga, através da sua vereadora do pelouro de Mercados e Zonas Verdes, Verónica Pangaia, acredita que o incêndio tenha sido causado por um curto-circuito, por isso, revelou estarem a trabalhar em coordenação com a Eletricidade de Moçambique, com vista a reduzir casos do género naquele mercado.
“Nós como município de Lichinga e em particular, como a vereação dos mercados, já estamos em coordenação com a EDM, porque notamos que todos os incêndios sejam eles de pequena ou grandes proporções tem tido como ponto de partida o curto-circuito. Isso porque alguns vendedores não respeitam a componente do número máximo de ligações que um poste pode ter (…) estamos a fazer um trabalho em conjunto que é para ver se eles podem melhorar as baixadas”.
Durante a entrevista, a vereadora partilhou que foram afectadas nove barracas de venda de vestuário e cosméticos.
“Foram no total nove barracas que sofreram com o incêndio e oito delas tinham peças como vestuário e cosméticos, alguns vendedores conseguiram tirar algumas coisas e a outra estava vazia foi só a perda da barraca”.
Importa destacar ainda que, um dia antes do incêndio, o município procedeu ao lançamento de uma pedra para a construção de um alpendre que poderá albergar vendedeiras de hortícolas. No entanto, não descarta possibilidade de criar um plano de contingência para responder situações de emergência.
“Lá mais para frente pretendemos requalificar o mercado, porque alem das barracas que estão desalinhadas, precisamos criar um plano de contingência que é para situações de emergência, em que podemos ter passagem para o carro dos bombeiros entre outros”.
Após a aquisição ou arrendamento das barracas por parte dos vendedores, Pangaia apela aos mesmos a seguirem tramites legais seguros de forma a evitar situações do género.
“Que seria ir ter com o chefe do mercado para tratar da documentação toda e seguirem tudo ate a EDM, mas o que tem se verificado é que os vendedores alugam a barraca ou compram e fazem ligações clandestinas através da barraca vizinha, é isso que tem nos causado situações desconfortáveis”.
Importa referir que o mercado grossista de Chiuaula conta com cerca de 300 barracas. No entanto, não é a primeira vez que naquele local registam-se casos de incêndios que culminam em perdas avultadas. (Ângela da Fonseca)