Malária aterroriza reassentados de Entete

Nampula (IKWELI) – O sector de Saúde ao nível do distrito da Ilha de Moçambique continua a registar casos de malária nas famílias instaladas no centro de reassentamento transitório aberto na localidade de Entete.

Trata-se de 337 famílias correspondente a 1.010 pessoas que se encontravam sitiadas no bairro de Sangage, em consequência da tempestade tropical severa JUDE, que devastou a região norte de Moçambique no passado dia 10 do mês em curso.

Em entrevista ao Ikweli, a diretora dos Serviços Distritais de Saúde, Mulher e Acção Social na Ilha de Moçambique, Carolina Albino, partilhou que logo após a tempestade foi montada uma tenda no centro onde são oferecidos todos os cuidados primários, não só aos reassentados como também as comunidades próximas como Namiroto e Naguema.

Entretanto, mesmo sem dados comparativos, o sector afirma que o número de casos tem vindo a aumentar, uma vez que até ao momento, estão a somar 399 pacientes com a doença.

De acordo com a fonte, para além da malaria, há registo de doenças de fórum respiratório como gripe, bronquite, rebite e da pele como é o caso da micose, com maior destaque em crianças.

“Desde que foi montada a tenda temos estado a observar um aumento significativo de malária devido a charcos de água e a chuva que continua caindo que, também, cria focos de mosquitos. Para reverter esse cenário foi possível distribuir redes mosquiteiras a 337 famílias que lá se encontram. Nos primeiros dias notou-se muito os problemas que tem a ver com a pele, mas precisamente nos membros inferiores isso por conta do período que elas ficaram emergidas em ambiente de água, mas já está a ficar ultrapassado.”

Carolina Albino disse, igualmente, que tem registado casos de diarreia em crianças, mas garantiu estar tudo controlado.

“Como já esperávamos, distribuímos certeza para todas famílias que temos aqui. Cada [família] tem direito de um frasco de certeza, mas também alocamos ao próprio centro na medida que se acabar elas vão tendo a partir dos armazéns onde estamos a guardar. Ou seja, temos visto crianças que apresentam diarreia por causa do ambiente em si (…), mas está tudo acautelado, temos a farmácia, médicos 24 horas para fazer o atendimento neste local.”

Embora o aumento de casos de malária no centro transitório aberto em Entete, o sector afirmou que tem vindo a registar uma redução de 34% dos casos a nível do distrito da Ilha de Moçambique.

Segundo a fonte, no primeiro trimestre de 2024 foram registados 7.280 contra 4.797 casos do mesmo período de 2025. (Ângela da Fonseca)

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