Nampula (IKWELI) – O activista ambiental e coordenador do Lets do It, uma organização social que reúne jovens activistas para causas ambientais, e está em Nampula desde 2018, defende o engajamento de todos os cidadãos para a protecção do meio ambiente no sentido de evitar desastres que têm ocorrido devido ao mau uso do mesmo.
Para o activista, o papel da sociedade é primordial para deixar o meio ambiente saudável, pois o desmatamento das árvores tem implicações nefastas, sendo urgente procurar mecanismos para evitar a problemática que o país enfrenta nos últimos dias.
“A sensibilização nos cuidados do meio ambiente deve ser para a maioria e não para a minoria. É preciso que os dirigentes estejam a par, assistimos com tristeza por exemplo, a exportação de madeira, porque estão a ser devastadas grandes áreas, florestas estão sendo abatidas e não existem programas de reposição,” afirmou Romane.
Para o coordenador, o que se verifica é mais triste ainda porque já saíram toneladas de madeira para o exterior, mas o país continua a não usufruir delas, escolas estão sem carteiras suficientes.
“Estamos agora a sofrer questões de desastres ambientais, chuva que não está a cair como deve ser, não temos um período chuvoso fixo e isso está relacionado com o abate descontrolado das árvores. Estamos a sofrer por ciclones quase diariamente, o que antigamente num período de dez anos podia só registar um. A erosão que está a acontecer em algum momento é influenciada por esta problemática,” realçou a fonte.
No entender do nosso entrevistado, para além do grande desmatamento, há uma situação muito estranha no seio da população de não gostar das árvores, “abatemos tudo o que é árvore e depois quando chega a chuva ficamos com problemas de erosão,” frisou o coordenador.
A fonte ainda reiterou que é a partir da base que se pode dar educação ambiental e isso deve acontecer nas escolas e consciencialização sobre a pertinência de plantar árvores e deixar o meio ambiente saudável.
Entretanto, a fonte lamentou o facto de como organização estarem a enfrentar algumas barreiras quando tentam entrar em coordenação com entidades governamentais de modo a propor medidas para a protecção do meio ambiente. (Francisco Mário)






