Nampula (IKWELI) – Os níveis de prevalência da malária na província mais populosa de Moçambique, Nampula, são assustadores, pois em cada 1000 pessoas, pelo menos, 448 já acusaram positivo para a doença.
Marcelino Adui, chefe do programa provincial de Prevenção e Combate à Malária em Nampula, explica que o governo tem vindo a envidar esforços para mudar o cenário, através de adopção e implementação de medidas preventivas.
Todavia, mais do que isso, anualmente, actores de diferentes sectores são chamados para reflectir em torno da problemática e nesta quarta-feira, decorre o Fórum Provincial Anual da Malária.
Em colectiva de imprensa na manhã desta terça-feira (9), Adui explicou que o evento tem como objectivo fortalecer o compromisso político e institucional, além de mobilizar recursos, parceiros e actores para o apoio as intervenções do controlo de vectores de transmissão da malária.
Segundo o inquérito demográfico e de saúde de 2022/23, o impacto da malária é particularmente severo na província de Nampula, onde mais de uma em cada duas crianças entre 6 a 59 meses testam positivo para a malária, com uma prevalência de 55%, sendo que a província representa um dos epicentros da malária no país e exige uma resposta mediada, ousada e transformadora.
Esta fonte afirmou que para garantir uma abordagem integrada e inclusiva, o evento conta com a participação de diferentes actores, com destaque para antigos ministros nacionais da saúde, parceiros de cooperação internacionais, organizações parceiras, representantes do ministério da Saúde, sector privado e sociedade civil, além de outras individualidades.
“Este encontro será, igualmente, uma poderosa plataforma para mobilizar apoio às intervenções para o controlo de vectores da malária, nomeadamente a campanha de distribuição de redes mosquiteiras, quimioprevenção sazonal da malária, pulverização intradomiciliária, e concretização da vacina que irá abranger todos os distritos da província,” disse.
Lembre-se que a malária continua a ser um grave problema de saúde pública em Moçambique, afetando milhões de vidas e limitando o potencial de desenvolvimento humano e económico. Em 2024, foram diagnosticados mais de 11,6 milhões de casos, resultando em 66.816 internamentos e 358 óbitos hospitalares. (Nelsa Momade)





