Jovens moçambicanos apelam que Diálogo Nacional Inclusivo vá aos terminais de “chapa-100”

Maputo (IKWELI) – A Comissão de Observação e Participação Juvenil no Diálogo Nacional Inclusivo, uma plataforma constituída por mais de 30 organizações da sociedade civil, apela a Comissão Técnica do Diálogo Nacional Inclusivo a alagar os espaços onde são acolhidas as discussões do processo.

Reunidas na semana passada, os jovens apelam que “a escolha dos locais e a condução das actividades da COTE, deve primar pela garantia da acessibilidade para pessoas com deficiência, cidadãos de diferentes classes sociais, privilegiando igualmente os locais que foram considerados como epicentros das manifestações (Terminais de transporte semicolectivos, mercados).”

Igualmente, outros principais apelos deste grupo têm a ver com a inclusão, por isso indicam que “o governo use estrategicamente o Diálogo Nacional Inclusivo para fazer face a desconfiança dos jovens perante as instituições e servidores públicos. Para isso, é importante que as demandas dos jovens sejam priorizadas em todas fases do processo,” reconhecendo que “notamos que houve alguma melhoria na comunicação, porém julgamos que há necessidade de haver maior disseminação periódica e antecipada das informações sobre o calendário e prazos de submissão de propostas, o programa, o local, a hora e data das actividades centrais do Diálogo Nacional Inclusivo, assim como de resumos claros e acessíveis para discussão em busca de melhorias e consensos com recurso a tecnologia (espaços digitais, códigos USSD) garantindo que todo cidadão acompanhe o processo incluindo a auscultação em curso.”

É outro pedido dos jovens que seja estendido o prazo das auscultações e de submissão de propostas para as organizações da sociedade civil por um período de 30 dias garantindo que mais actores participem e contribuam.

“O processo de auscultação deve ser inclusivo onde a voz dos jovens em toda a sua diversidade deve ser ouvida de modo a garantir que as contribuições e necessidades destes sejam consideradas e devidamente documentadas,” escreve a plataforma em um posicionado tornado público, documento que, também, apela para “a não polarização e partidarização do Diálogo Nacional Inclusivo em função dos partidos políticos, interesses particulares ou dos moçambicanos que nestes fóruns participam em detrimento dos interesses da nação.”

“O modelo de debate deve incluir obrigatoriamente a linguagem de sinais moçambicanas, como mecanismo de inclusão da pessoa com deficiência auditiva e uso de línguas locais de modo a eliminar barreiras de participação,” terminado a plataforma exigindo essa abertura. (Redação)

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