Pemba (IKWELI) – O governo do distrito da Mocímboa da Praia, a norte da província de Cabo Delgado, está a obrigar a todos os funcionários públicos que abandonaram à circunscrição por conta do recrudescimento dos ataques terroristas.
Sérgio Domingos Cipriano, administrador de Mocímboa da Praia, mandou emitir uma a solicitar a todos os funcionários públicos para fazerem-se presentes nos seus postos de trabalho.
“Face os acontecimentos, o crescente retorno da população aliado a segurança que se constatam, o Governo do distrito acima [Mocímboa da Praia], solicita a presença de todos os funcionários até ao dia 03.11.2025, segunda próxima,” justifica Cipriano.
A medida não é bem vista pelos funcionários públicos que temem pelas suas vidas. “O administrador estava reunido com os membros do governo e daí lavrou-se este documento. Todos sectores estão a trabalhar menos Registo e DIC [Direção de Identificação Civil]. As ONG’s já entraram aqui na vila, ficando Médicos Sem Fronteiras apenas que os seus funcionários foram avisados para arrancar o trabalho na primeira semana de Novembro,” disse fonte do Ikweli em Mocímboa da Praia, a qual afirmou que, preventivamente, “deixaram comunicado de vagas,” para substituir os funcionários que não acatarem a medida.

Um outro funcionário, fora de Mocímboa da Praia, comentou ao Ikweli que “ninguém está a favor do nosso regresso, transferir o funcionário para zonas que ele acha segura negam! Insistem em nos manter em Mocímboa [da Praia], numa altura em que já foram mortos 3 professores por decapitação e nem o governo apoiou, nem uma mensagem de conforto por parte da ONP ou Serviços Distritais até hoje. A segurança é só para o Administrador e sua família, todo o viente (macondes e macuas) são alvos dos insurgentes.” (Redação)






