Destruição de produtos agrícolas por elefantes pode comprometer segurança alimentar em Quissanga

Nampula (IKWELI) – O governo do distrito de Quissanga, na província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, manifesta preocupação devido a destruição de produtos agrícolas nos campos de produção por elefantes, situação que ameaça comprometer a segurança alimentar na região.

Sidónio Lindo José, administrador distrital de Quissanga, relatou que os desafios enfrentados durante a campanha agrícola são enormes. Para além do medo constante provocado pelos ataques terroristas, os elefantes têm-se destacado como um dos principais factores de destruição das culturas.

José referiu que, apesar dos esforços do governo distrital em encontrar medidas para conter o problema, a situação tende a agravar-se, deixando a população cada vez mais vulnerável.

“A segurança alimentar está garantida, não obstante as várias adversidades que temos enfrentado. A nossa campanha agrícola foi fortemente afectada pela presença de elefantes, que destruíram grande parte das plantações. Esta devastação foi mitigada com a distribuição de alimentos pelo PMA, em cinco ocasiões, em todo o distrito”, afirmou o administrador.

O dirigente explicou que o distrito tinha condições para alcançar bons resultados, mas a destruição causada pelos elefantes comprometeu os esforços da população.

“A população produziu o suficiente para se alimentar, mas houve essa adversidade. Apesar das chuvas abundantes, as culturas foram devastadas pelos elefantes. 

O PMA [Programa Mundial de Alimentação] tem desempenhado um papel crucial, distribuindo alimentos desde janeiro, num total de cinco ciclos, e prevê-se um sexto até ao final do ano”, acrescentou.

Para minimizar os danos, o governo tem mobilizado a população a usar métodos tradicionais, como tambores e fogueiras, para afastar os animais. No entanto, segundo o administrador José, os elefantes parecem já não reagir da mesma forma.

“O elefante de hoje já sofreu metamorfoses. Não é aquele que se assusta facilmente com um simples tambor, foge e depois volta à comunidade. A única solução viável seria a formação de caçadores comunitários, mas isso depende de decisões e recursos ao nível provincial e central. Os foguetes disponíveis são insuficientes para cobrir uma área tão extensa”, concluiu o administrador. (Malito João)

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