Nampula (IKWELI) – O Hospital Militar de Nampula (HMN) diz-se preocupado com as circuncisões masculinas clandestinas que têm ocorrido na província, por isso, para celebrar os 61 anos das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), está a promover uma campanha de adesão voluntária para o procedimento.
Nesta segunda-feira (22), arrancou a campanha, acto que mobilizou o Secretário de Estado na província de Nampula, Plácido Pereira, para o local e ficou a saber que espera-se que, pelo menos, 500 pessoas sejam submetidas a cirurgia.
“As Forças Armadas de Defesa de Moçambique têm vindo a aproximar-se cada vez mais da população, servindo-a em todos os tempos através dos serviços cívicos militares, e nesta campanha de circuncisão, o governo, portanto, ministério da Saúde e o da Defesa pretendem criar melhores condições de vida da população mantendo a higiene masculina, portanto depois da retirada do prepúcio, há poucos riscos de contração de doenças, HIV e ITS’s [Infecções Sexualmente Transmissíveis],” disse Plácido Pereira.
No acto, o director do Hospital Militar de Nampula, Lúcio Changa, disse que foi a pensar na redução da circuncisão insegura, que muitas vezes criam complicações nas comunidades, que a instituição oferece este serviço.
“As pessoas não podem ter receio, estamos aqui para servir, mesmo que não seja dentro deste período, podem solicitar os serviços porque o que queremos é contribuir para vidas saudáveis, como disse, temos médicos completamente prontos, com equipamento e logística bem estruturada,” indicou o director.
Entretanto, Herminigildo Nchiche, responsável do departamento de Cirurgia do Hospital Militar de Nampula, disse que com a campanha espera-se maior adesão voluntária neste processo que já vinha sendo desenvolvida por uma ONG [Organização Não-Governamental] parceira das unidades sanitárias. (Nelsa Momade)