Nampula (IKWELI) – Kamal Badrú, um dos candidatos à presidência da Federação Moçambicana de Atletismo (FMA), disse ter chegado o momento de tirar a modalidade de atletismo da situação menos encorajadora em que se encontra actualmente, através de criação de condições favoráveis para a prática digna da modalidade e consequente conquista de bons resultados desportivos em competições internacionais.
Badrú reiterou esta posição durante os recentes encontros com os fazedores da modalidade de atletismo na província de Nampula, no norte de Moçambique. Aliás, a sua candidatura para a presidência do órgão máximo que zela pelo atletismo no país, visa remover os obstáculos que enfermam o desenvolvimento da modalidade.
“É uma conjuntura geral, falta de pistas, falta de condições de trabalho, melhor capacitação dos recursos humanos, a interacção a sociedade ao atletismo, a interacção empresariado ao atletismo, interacção de todos nós, as sinergias das instituições para o melhoramento da modalidade do atletismo”, referiu a Kamal Badrú em entrevista exclusiva ao Ikweli.
Segundo acrescentou a fonte, “a motivação principal da minha candidatura é o atletismo para todos, trazer de volta o atletismo. O atletismo é uma modalidade olímpica e, quando se fala de jogos olímpicos a modalidade base é o atletismo, então, não pode Moçambique ficar alheio em participar nos jogos olímpicos”, referiu enfatizando que “temos que começar a participar em grande número na modalidade de atletismo, então motiva-me porque já trabalhei para o atletismo, como secretário – geral da FMA e, acredito que posso trazer ideias que possam melhorar, fazer inversão da situação que está hoje o atletismo e trazer boas condições”.
Para além da província de Nampula, Kamal Badrú escalou, igualmente, as de Cabo Delgado e Niassa, por onde, segundo o candidato, esteve a fazer o mapeamento sobre a real situação da modalidade de atletismo com vista à elaboração do seu manifesto eleitoral.
“Eles estão receptivos, todas as associações provinciais receberam e estão a concordar com o projecto, embora algumas lamentações devido a falta, por exemplo de pistas em condições, este ponto é um calcanhar de Aquiles porque, como se diz, o atletismo sem pistas não é atletismo, então fica como uma das promessas bases, melhoria de pistas a nível nacional”, disse o nosso interlocutor.
Refira-se que as eleições na FMA estão agendadas para o segundo semestre do ano em curso e duas listas estarão em confronto directos e uma delas é encabeçada pela campeã olímpica dos 800 metros, Maria Lurdes Mutola.
Apesar do invejável currículo da sua oponente (como atleta), Kamal Badrú mostra-se confiante na ascensão ao trono para a condução dos destinos do atletismo em Moçambique. “Eu estou a desenhar o meu projecto e trocar as ideias do meu projecto, não gosto de falar dos outros candidatos, para mim o fundamental que tem que ficar registado é a instituição, eu estou a concorrer para uma instituição, quem tem maior valor é a instituição, então não gosto de falar de ninguém”, precisou Badrú. (Constantino Henriques)