Maputo (IKWELI) – A ministra moçambicana do Trabalho, Género e Acção Social, Ivete Alane através de iniciativas como conferências e programas de empoderamento económico, quer assegurar que o esforço de mulheres seja motor de crescimento económico e transformação social no país.
Na semana passada, teve lugar a 3° Conferência de Mulheres na Economia, e Alane sublinhou que em Moçambique as mulheres representam cerca de 52% da população e desempenham um papel fundamental na economia, sendo que 83% da mão-de-obra da agricultura de pequena escala é composta por mulheres.
No entanto, apenas 10 a 15% das mulheres detêm títulos de Direito de Uso e Aproveitamento da Terra (DUAT), o que limita a sua autonomia económica.
A ministra entende haver necessidade de se criar espaço de debate onde se pretende que se construam redes que funcionem como espaços de partilha, apoio mútuo e inovação. “Quando as mulheres se unem, quebram barreiras, transformam pequenos negócios em ecossistemas de impacto colectivo e criam alternativas para que nenhuma fique para atrás.”
Explicou que para que estas redes prosperem, o país precisa de garantir igualdade de acesso a recursos, crédito, terra e oportunidades, porque sem isso não haverá verdadeira autonomia.
Neste âmbito, na sua missão o Ministério do Trabalho, Género e Acção Social, Ivete Alane vai empoderar mulheres em situação de vulnerabilidade, criando um ambiente favorável ao empreendedorismo feminino e integrar a perspectiva de género em todas as fases do planificação e execução de políticas públicas.
“A transformação económica do nosso país será impossível sem as mulheres no centro das decisões e da inovação,” concluiu. (Antónia Mazive)