Nampula (IKWELI) – Os médicos estagiários da Universidade Lúrio (UniLúrio), em Nampula, vivem momentos de alívio e felicidade graças ao apoio do Conselho Executivo Provincial.
O auxílio surge numa altura crítica, em que os estagiários enfrentavam sérios desafios, principalmente com a falta de pagamento dos subsídios de estágio, situação que colocava em causa a sua dignidade profissional.
Movido por um espírito de solidariedade e sentido de responsabilidade, o governador Eduardo Mariamo Abdula mobilizou apoios junto dos seus parceiros, conseguindo devolver a dignidade a estes jovens profissionais da saúde.
Hermenegildo Mário, um dos médicos estagiários, explicou que, diante das dificuldades no campo de estágio, decidiram procurar o governo provincial para pedir intervenção junto à Universidade Lúrio sobre a situação contratual.
“As dificuldades eram tão urgentes e o processo de contratação tão complicado que até hoje não recebemos esclarecimentos. O governador, sensível à nossa situação, decidiu apoiar-nos directamente. Graças a essa ajuda, conseguimos suprir algumas necessidades, comprámos aparelhos de medição arterial, computadores e smartphones. A carreira médica exige estudo contínuo, e muitos de nós não tínhamos sequer um computador para pesquisa e leitura,” afirmou.
Outro estagiário, é António Rosário, que relatou um episódio marcante da sua trajetória. “Foi muito difícil para mim, em maio, recebi um celular de presente de aniversário, mas três meses depois fui assaltado à saída do estágio, na padaria. Levaram o telefone e mais tarde roubaram também o meu computador, que era essencial para os estudos. Ainda como estudante e estagiário, tive que continuar mesmo sem esses recursos. A ajuda recebida veio numa altura muito oportuna. Sou muito grato, estive inclusive à porta do tio Salimo [governador] a pedir apoio pessoalmente.”
Por sua vez, Eduardo Mariamo Abdula fez questão de esclarecer que não se tratou de uma simples ajuda, mas do cumprimento de um dever governativo.
“Vamos corrigir, os nossos médicos recém-formados dizem que o tio Salimo ajudou, não é bem assim, o que receberam é um direito contratual, e ainda há valores por pagar. Quando os estagiários vieram até mim, inclusive de madrugada, na minha residência, foi porque já tinham tentado resolver com outros órgãos, sem sucesso. O Executivo Provincial assumiu o problema.”
Apesar das limitações do modelo de governação, Abdula disse ter agido movido pelo espírito de solidariedade, criando condições com o apoio de empresários locais para assistir os estagiários, pois “esses jovens pertencem à nossa província. Como Conselho Executivo Provincial, temos a obrigação de nos inteirarmos dos seus problemas e procurar soluções para satisfazer as necessidades da nossa população,” concluiu. (Malito João)