Maputo (IKWELI) – O Instituto para Democracia Multipartidária (IMD), através da Academia Política da Mulher, debateu nesta quinta-feira (19), em Maputo, o fortalecimento de estratégias para maior participação das mulheres no Diálogo Nacional Inclusivo em curso.
A participação activa das mulheres no diálogo nacional e na implementação de políticas de paz é fundamental para consolidar a estabilidade e garantir que os direitos e as necessidades de toda a sociedade sejam atendidos, foi por consenso defendido na ocasião.
De acordo com Lorena Mazive, coordenadora de Programas do Instituto para Democracia Multipartidária (IMD), desde os tempos da luta pela independência, as mulheres desempenharam papéis de liderança, resistência e solidariedade, contribuindo de forma decisiva pela consolidação da nossa soberania.
Mazive sublinha que é importante reconhecer que, apesar dessas contribuições históricas, a participação das mulheres nos processos de diálogo político, na tomada de decisão e na construção da paz ainda se deparam com desafios significativos.
Dentre os desafios destaca que durante o longo processo de construção da Paz, as mulheres muitas vezes ocuparam espaços invisíveis e com acções silenciosas.
“É preciso, portanto, fortalecer os mecanismos que promovem a participação das mulheres, valorizar suas vozes e reconhecer que a paz duradoura só será possível quando todas as partes envolvidas, incluindo as mulheres, estiverem ativamente engajadas.”
Acrescenta que o evento representa uma oportunidade única de diálogo aberto, troca de experiências e avanços em direção a uma maior inclusão das mulheres em todos os níveis do processo político e social.
Espera-se que o encontro resulte em recomendações concretas e compromissos institucionais que assegurem a integração efectiva de mulheres nos processos de reforma, paz e reconciliação nacional.
Por sua vez a Coordenadora das Nações Unidas e Coordenadora Humanitária de Moçambique, Catherine de Sozi, disse que a igualdade de gênero é crucial para a paz sustentável e preservação de conflitos, “mas globalmente enfrentamos retrocessos, como a super representação de mulheres em negociação da paz. Moçambique vive um momento importante na construção da paz e transição política uma oportunidade única para as mulheres e organizações lideradas por elas se fazerem ouvir e serem parte activa no diálogo nacional incluso”.
“Como Nações Unidas acreditamos que aumentar a inclusão e a voz das mulheres da paz em Moçambique e melhora a hipóstase de sucesso,” acrescentou Catherine Sozi.
Refira-se que evento contou com a parceria de Fundação Mecanismo de Apoio à Sociedade Civil (MASC) e a Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade (FDC). (Antónia Mazive)