Nampula (IKWELI) – O distrito de Ribáuè, localizado na zona ocidental da província de Nampula, poderá contar com uma nova e moderna estação meteorológica, cujas obras de construção arrancaram no úultimo domingo, (1).
As obras estão avaliadas em 4.5 milhões de meticais, um financiamento do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA).
Mussa Mustafa, director-geral adjunto do Instituto Nacional de Meteorologia (INAM), disse na ocasião que actualmente 13 dos 23 distritos da província de Nampula dispõe de estações meteorológicas.
“No distrito de Ribáuè, vamos construir uma estação que será denominada Estação Meteorológica de Ribáuè, composta por um escritório. Após o lançamento da primeira pedra, iniciaremos a instalação de equipamentos que serão utilizados para monitorar o clima nesta zona. Com esta obra, o número de distritos cobertos por estações meteorológicas na província sobe para 14, e já temos outros projetos em fase de preparação”, afirmou Mustafa, referindo que “a estação permitirá acompanhar a trajetória de ciclones que entrem pelo continente. O distrito de Ribáuè tem grande potencial agrícola, e os dados de precipitação ajudarão na organização das atividades de cultivo, considerando os desvios da época chuvosa que temos observado. Estando na zona do Corredor de Nacala, esta infraestrutura também poderá beneficiar a navegação aérea no distrito”.
No âmbito do programa “Um Distrito, Uma Estação”, Mustafa revelou que, a nível nacional, 85 distritos já foram beneficiados com estações meteorológicas automáticas, de um total de 95 estações existentes.
“Temos como meta, até 2030, equipar todos os distritos da província de Nampula com estações meteorológicas automáticas. Antes, usávamos estações manuais, que exigiam leitura por observadores. Agora, estamos a instalar equipamentos automáticos”, reforçou.
Por sua vez, o governador da província de Nampula, Eduardo Mariamo Abdula, manifestou satisfação por participar na cerimônia de lançamento da primeira pedra e felicitou os envolvidos no projecto. No entanto, desafiou os empreiteiros a trabalharem com rigor e eficiência, destacando a importância de se valorizar a mão-de-obra local.
“Temos esta obra em curso e temos recursos humanos locais capacitados para dar resposta. Não queremos buscar materiais ou técnicos de longe se tivermos capacidades aqui. Se, por acaso, não houver técnicos qualificados, aí sim podemos recorrer a outros locais,” concluiu. (Virgínia Emília)