Nampula (IKWELI) – A província de Nampula, localizada na região norte de Moçambique, que conta com cinco portagens, as quais encontravam-se paralisadas em consequência de vandalização por manifestantes ou por destruição por ciclones, duas delas voltaram a operar desde a meia-noite desta quinta-feira (15).
Trata-se das portagens de Nametil, na Estrada Nacional número 104 (N104) no troço cidade de Nampula-Nametil e a de Matharya, implantada na N13 no distrito de Ribáuè.
Em entrevista ao Ikweli, o delegado do Fundo de Estradas em Nampula, Mariano Alves, disse que as outras portagens de Namina e Ligonha estão na fase de reabilitação após terem sido vandalizadas durante as manifestações violentas, enquanto a que está localizada na Ilha de Moçambique foi destruída durante a passagem da tempestade tropical severa JUDE que assolou a província no passado mês de março.
“Neste momento, estão em curso obras de reabilitação em Ligonha e Namina.”
Quantas as tarifas a cobrar, Alves garantiu que será observado a medida anunciada pelo Governo da redução das mesmas, sendo que, por exemplo, os transportadores de semi-colectivos de passageiros passam a pagar apenas 20,00Mt (vinte meticais), contra os anteriores 50,00Mt (cinquenta meticais).
“Houve uma redução muito drástica mesmo e se as pessoas entenderem não poderá existir mais reivindicações.”
Uma medida recebida com agrado pela Associação dos Transportadores Rodoviários (ASTRA) de Nampula, que através do seu presidente, Luís Vasconcelos, acredita que a nova tarifa das portagens poderá aliviar de forma significativa a actividade dos transportadores.
Vasconcelos reconhece que o valor das portagens serve para manutenção e melhoramento das estradas que é essencial para a economia do país.
“Todos devemos ter atenção que as portagens servem para produção de receitas para que o governo aplique de forma consciente no trabalho das estradas e de empregabilidade nas comunidades onde está lá uma portagem, isto é como o caso de criação de oportunidades das comunidades prestarem serviços, e serem capacitados para prestarem serviços nas portagens, assim sendo era de recomendar a protecção das portagens de modo que as receitas colectadas, para além de serem empregues nas estradas, também sirvam as comunidades.” (Ângela da Fonseca)
