Nampula (IKWELI) – As autoridades de saúde a nível da província Nampula, região norte de Moçambique,afirmaram nesta segunda-feira (5) que o número de casos de maus tratos nas maternidades das unidades sanitárias locais reduziu de cinco em 2024, para dois casos de flagrantes de cobranças ilícitas no presente ano.
Os dados foram revelados pela responsável do programa de Saúde Materno-infantil no Serviço Provincial de Saúde de Nampula, Rosimery Bange, a margem das festividades do dia Internacional das Parteiras, que se assinala anualmente a 5 de Maio.
De acordo com a fonte, o sector tem recebido denúncias relacionadas com maus tratos e cobranças ilícitas nas maternidades, através dos mecanismos de denúncia existentes que por sua vez são encaminhados ao gabinete de Inspeção que tem a missão de apurar a veracidade da informação partilhada.
“Das denúncias que foram feitas, fazendo uma comparação do ano transato e o ano em curso, há uma ligeira redução, (..), ano passado tivemos cinco casos em relação a este que até então só tivemos dois casos de flagrantes de cobranças ilícitas e que os processos estão a ser levados a cabo de forma que os infratores sejam responsabilizados por este acto.”
Por forma a desencorajar tais actos, a responsável garante que o sector tem levado a cabo mensagens que visam desencorajar comportamentos que mancham aclasse.
“O que temos feito a nível das comunidades é tentar desencorajar esta prática, porque há quem pensa que na maternidade precisa-se tirar alguma coisa para ter os serviços de parto e atendimento a criança.”
No âmbito das celebrações da efeméride, as parteiras, através da secretária da Associação das Parteiras de Moçambique (APARMO), Ricardina Afonso, foram igualmente recebidas pelo Secretário de Estado na província, Plácido Pereira, onde abordaram as principais dificuldades que a classe enfrenta no exercício da actividade.
“Temos passado por diversas dificuldades, desde a falta de material de trabalho, bem como recursos humanos que ainda são bastante reduzidos. Mas ainda sim, temos feito nosso trabalho com bastante na dedicação, apesar de algumas que optam por comportamentos desviantes que acabam manchando a classe.”
Por sua vez, Pereira reconheceu o papel preponderante das parteiras e, como Estado, assumiu o compromisso de continuar a envidar esforços para garantir melhores condições de trabalho para os profissionais.
“Nós todos viemos das mãos de uma parteira, e se estamos aqui é graças a elas, reconhecer este trabalho que é feito nos bastidores e que muitas vezes são as pessoas. Nós como Estado vamos continuar a mobilizar recursos para que tenham melhores condições de trabalho.” (Ângela da Fonseca)






